sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Despedidas

Hoje, caminhando para o trabalho me despedi novamente de você. Não sei porque meu pensamento te alcançou novamente, mas, dessa vez não senti mais aquela dorzinha discreta que teimava em aparecer as vezes.

Foi uma despedida. Despedida de tudo aquilo de ruim que, humanamente, ainda carregava em meu peito mesmo depois de tanto tempo de nosso último contato. Foi o adeus definitivo com sabor de gratidão por tudo de bom que aprendemos um com o outro.

Talvez, nem seja mesmo aprendizado, pode ser apenas a compreensão de que aquilo que passou não volta atrás, que tem tomado conta de meu coração nos últimos dias, provocada pela desejo célere e incomum de dar alguns passos adiante.

É um perdão mútuo, para tudo aquilo que eu deveria ter sido ao seu lado e ao mesmo tempo, a superação do abandono. A gratidão por ter mostrado tudo aquilo de bom que cabia aqui dentro, apesar de tudo.

Assim, adeus. Foi bom ter te encontrado por breves instantes. As memórias ficarão guardadas com carinho, com a certeza de que numa próxima, talvez, possamos ter ao menos uma amizade sincera.

Grato por tudo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Perdão!

Que viver é uma dádiva divina e uma possibilidade de crescimento, ninguém dúvida. Cada dia que passo nesta terra aprendo mais um pouquinho ou pelo menos, tento aprender com todas situações que a vida oferece.

Mês passado foi aniversário de um de meus grandes amigos e para celebrar a data entrei em contato com todos os amigos em comum para pensarmos juntos qual seria o melhor modo de comemorar. Infelizmente, a organização do evento acabou revelando algumas mágoas que eu não sabia que existiam e mostrou pra mim mais uma vez como eu já fui irresponsável com os sentimentos dos outros.

Explico: um desses amigos foi um ex-peguete que, sem saber, acabei magoando num final de ano há algum tempo. Consequência, o bonito me excluiu completamente do aniversário e levou com ele todos os outros "amigos" em comum. Coloco aspas não no sentido de que eram falsos amigos mas sim, por considerar uma boa convivência, um coleguismo.

Agora, esse fim de semana, o tal do ex-peguete acabou indo morar com esse amigo pra dividir despesas e me peguei diante de um sentimento que nunca havia encarado de frente: a mágoa. Mesmo sabendo que foi bobeira a situação e que ele não fez nada de tão grave assim, o sentimento de exclusão sempre foi meu calcanhar de Aquiles, então toda a situação do aniversário me machucou. E me vi sendo privado de ir na casa de um dos meus melhores amigos por causa de toda essa situação.

Daí eu parei pra pensar e percebi que minha mania de falsa Poliana se esvaiu por completo, uma vez que eu em outros tempos agiria como se nada tivesse acontecido. Seguindo em meu raciocínio percebi que de fato não foi uma situação tão grave mas, de qualquer maneira, que preciso encarar de frente o sentimento ruim que me causou e o desconforto em relacão a esse rapaz.

E percebi que apesar disso tudo, não quero carregar isso em meu coração, porque realmente acredito que tenha errado com ele no passado - o que torna a atitude dele no aniversário de meu amigo consequência, logo, eu mereci - e que gostaria sim, com o tempo de recuperar a amizade com ele, senão, a boa convivência se conseguirmos nos perdoar por nossas atitudes impensadas...