quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Dia nublado

Hoje o clima amanhecei combinando comigo: triste. Não apenas pela perda de uma pessoa que eu admirava muito mas por ter sentido na pele novamente o que significa saudade.

Você se tornou a personificação da saudade em minha vida. Falar com você, pra te dar a noticia ruim do dia foi tão dolorido quanto a perda. Talvez mais porque nossa grande amiga tenho certeza lutou até o fim, e se parte agora é por ter uma nova missão a esperando do outro lado.

Mas você não. É engraçado que esse "você" vale para duas pessoas que me disseram amar eternamente e que em momentos distintos da vida foram meu porto seguro. O abraço de conforto. A segurança e o incentivo para continuar na luta.

Pena que o que vocês me ensinaram foi que nada é pra sempre: Nem o amor que supera a barreira da vida nem o amor de pai e filho.

De tudo isso agora fica a certeza que nada é eterno a não ser a necessidade de ser forte.

Mas tenho sido forte a tanto tempo!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Ignorado

Não é segredo que meu pai rompeu comigo ao ter certeza de minha sexualidade, num episódio de frieza q ignorância. E isso dói e tem doido cada dia mais.

Claro que nem todo dia é ruim, muito menos tenho somente essa questão a me preocupar. Mas, tem dias como hoje que a saudade, a frustração e a raiva de ser tratado dessa maneira se somam e chegam ao ponto de invadir meus sonhos.  E que sonho, meu Deus!

Um pesadelo que só atesta o quanto é difícil novamente lidar com essa rejeição. 

Estou aqui inteiro e íntegro. Isso vale muito mais do que cada minuto sendo ignorado. E como dizem por aí, o que não tem remédio, remediado está!

Fazer o que? Ele sabe o que está perdendo...

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Saindo da toca

Esse fim de semana, finalmente, resolvi sair da toca e ver meus amigos. O que foi muito bom porque estava a ponto de enlouquecer de ficar em casa.

Eu sou muito complicado nesse sentido, uma vez que fui criado para ser SEMPRE responsável e no caso, a escolha entre baladinhas de fim de semana e as contas do mês pra mim é óbvia. Mas, nem só de trabalho vive o homem e de vez em quando a distração é necessária.

Uma pena foi a ressaca que veio de brinde após dois litros de um saboroso vinho que eu tomei sem ver entre gargalhadas, fofocas e lembranças.

Realmente, quem não tem amigos, não tem nada!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Objetivos

No começo do ano decidi que meu objetivo para esse ano seria a aprovação no mestrado. Colocaria todas as minhas forças para realização deste. Como disse anteriormente, estudar moda e fazer moda sempre foi uma paixão não vivida e, como a história está em todas as coisas feitas pelo homem, nada mais natural que esta junção.

É desafiador. Cumprir essa determinação requer de mim muita dedicação e, as vezes, me sinto mal por não conseguir atender as demandas que aparecem. Isso porque, junto a essa definição cheguei à conclusão de que não sou uma pessoa sem foco, muito pelo contrário. Demoro décadas para decidir, mas, quando a decisão se cristaliza em minha mente não há desafio, limite ou dificuldade que me pare!

E isso me deixa feliz. Mas, ao mesmo tempo com a tarefa de entender que a vida não se resume apenas a uma questão. Por exemplo, o mestrado vai me ajudar em muito abrindo portas e até mesmo, me fornecendo referenciais que vou poder usar no exercício de minha criatividade posteriormente. Porém, preciso criar VERGONHA NA CARA e sair de uma vez da casa da minha avó.

Essa outra necessidade muito me dói. Mas, como se diz, um doente não pode ajudar o outro. Para fazer meu papel de neto eu preciso me fortalecer. E, graças a Deus, não estou sozinho nessa: ela tem quatro filhos, cinco netos e três bisnetos. Além é claro de Vovô que tenho certeza vive em oração por todos nós lá do céu. Por isso, um outro objetivo surgiu: tentar dar a dimensão devida a todas as coisas e ocupar-me de tudo aquilo que me compete, jogando várias bolinhas de cada vez e dominando definitivamente o malabarismo da vida adulta.

Como dizem por aí, gay pensa como mulher mesmo, vai que cola de sair da vida das caixinhas determinadas para cada coisa para uma visão mais aberta!

Tenho fé que vai dar certo!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Quando o passado bate à porta...

Ontem, domingo, recebi uma ligação que mexeu muito comigo. Meu primeiro namorado, que tem tentado desde o começo do ano fazer contato me ligou e conversamos por algum tempo sobre nossa história.

Ele foi meu primeiro amor. O primeiro namorado, a primeira pessoa que consegui dizer que amava e com quem vivi uma história muito intensa por vários meses. Pode ser que foi uma paixão avassaladora e não amor, não sei dizer. A maturidade não era meu forte naquele momento, o que atesta o próprio fim do relacionamento.

Mas, não sei se por estar numa fase de reflexão, que tenho que tomar uma atitude radical em relação à minha carreira e ao meu local de moradia, mexeu muito comigo. Não no sentido de querer voltar e tentar de novo, infelizmente.

Mexeu ao tocar em feridas que a muito estavam cicatrizadas e que de certa forma, mesmo não reabertas, incomodaram um pouco por mostrar certos pontos adormecidos do meu coração.

Um lado inocente, romântico e doce que é tão sofrido, que apanhou tanto e que de certa forma se escondeu embaixo de uma armadura de dúvidas, questionamentos e, por que não, isolamento.

E doeu vê-lo aberto e disposto, procurando aquele homem carinhoso, protetor e apaixonado que ele conheceu, que talvez não exista mais.

Por que a vida tem que ser assim? Não seria tão mais fácil se essa percepção tivesse vindo antes?

T.T

Rodopiando

É assim que se encontra minha mente, mais uma vez. Será que eu penso demais mesmo e acabo complicando tudo? Ou é minha percepção que é exagerada? Ou ainda, sou um dramático de natureza?

Creio nunca vou encontrar respostas para essas perguntas.

O que me aflige novamente, e que eu acredito ser a essência de todo o cansaço psicológico dos últimos anos é a questão do lar. Algo tão básico e que me tem feito tanta falta. Não que me falte um teto e carinho, na casa de minha avó. Seria um ingrato em dizer que vivo no pior lugar do mundo ou algo assim. O que deixa tudo ainda mais doloroso.

É uma sensação de não pertencimento. De estar sobrando. Incomodando. Por mais que ela mesma não diga isso, e o contrário, faça questão da presença de todos da família, não estou confortável. 

Pode ser a doença do meu tio sabe? Um possível transtorno mental ou o alcoolismo que tem feito todos da família preocupados. Mas, ao mesmo tempo que não temos certeza ainda de como lidar e do que podemos fazer, cada dia que passa ele ganha mais liberdade e se torna senhor do pedaço.

E tudo com a conivência dela. E isso me deixa muito decepcionado. Se até dois meses atrás tinha plena consciência e desejo de ajudar, apoiá-la no difícil processo de tratamento que esse tio pode ter que fazer. As últimas atitudes dela me deixaram de mãos atadas.

E ao mesmo tempo, não posso julgar: antes de tudo ela é mãe. Só me resta caçar um lugar pra mim. Um canto, um quarto, outro país. Não sei.

Só queria sentir novamente que tenho um lar tranquilo. No qual as pessoas se respeitam. Onde posso deitar e descansar sem ter medo de ser acordado no meio da noite por um surto ou implicância. E, principalmente, sem ter que entender cada mudança, cada pessoa que chega e que vai. Um lugar de calmaria e paz, por favor.

Acho que é chegada a hora de bater asas. Que bons ventos me guiem!