Há um bom tempo tenho tentado me conhecer melhor e tentar lidar com algumas características que não são muito agradáveis de defrontar. Sei que é o maior clichê da história, usado por mil de mil culpados, mas eu não sou perfeito.
Só essa obviedade, assumida aqui em rede mundial já é um grande avanço para o jovem iludido que fui/sou. Fui criado para ser perfeito e acreditava no sucesso dessa criação, focando sempre naquilo de bom que conseguia ser/fazer no meio em que vivo.
Mas alguns choques de realidade e sessões de terapia depois, comecei a conseguir - finalmente! - uma visão mais clara de defeitos e qualidades. Acredito que tenho um longo caminho pela frente e só esses três parágrafos de justificativas já mostram que a caminhada não será fácil quando observo um defeito em especial: o egocentrismo.
Vivo e penso de onde estou e de quem eu sou no momento. E por inúmeras razões, acabei desenvolvendo um senso crítico em relação as coisas e aos outros difícil de lidar em algumas situações. E sempre que alguma situação assim me incomoda, observo minha reação e percebo o quanto ainda deixo minha criança interior tomar as rédeas e mostrar o quanto ela é mimada.
Creio que não existe uma resposta pronta de como lidar com isso, é um exercício diário. Lá se vão vinte e nove anos alimentando certos padrões de comportamento. Sendo uma pessoa sem muito tato, por vezes sem noção e tão empolgada, dentro de seus pensamentos, que não percebia o quanto estava agindo de maneira inconveniente.
O famoso sem noção. Que eu verdadeiramente não quero ser em vários aspectos da minha vida.
Espero conseguir mudar. O incômodo interno já chegou.
Abraços!