segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sobre vergonha e corações partidos.

Normalmente, quando eu fico muito angustiado com algo que me acontece, uma das poucas (e mais eficazes!) válvulas de escape é escrever. Sempre ajuda e todo o peso acumulado no peito sai pelos dedos, tão rápido quando as palavras são digitadas.
E novamente estou aqui pra tentar traduzir essa angústia. Senti-me mal, muito mal. Uma prostituta do pior tipo possível. Primeiro por ser inconsciente e por receber na cara certos tipos de acordos que foram feitos sem minha consciência ou que aparentemente poderiam ser feitos, em troca de, sei lá, uma noite de prazer? Segundo, de atenção. De um colo e de uma presença que por mais que eu soubesse não ser definitiva e que não desse conta de todas as dimensões sentimentais que eu preciso (como se alguém fosse responsável por isso...) me acalmava e fazia bem de alguma forma.
Mas, no fim o que mais me entristece é ver uma amizade nesse estado e, pior, por culpa minha, que não soube dar fim a um colorido que não tinha lugar e que só podia chegar a esta situação que agora faz meu peito arder de tristeza, e meu rosto de vergonha.
Nessas horas, não sei. Fico tão sem chão. Nunca tinha me sentido desse jeito antes. Me sentindo sujo, estranho, deplorável. Um sentimento que não adianta qual palavra eu busque, não tem uma descrição exata.
Novamente sinto meu coração partido, fechado, não por culpa de alguém, mas por perceber o peso e a força de certas ações.
E eu que acreditava não podia quebrá-lo de uma forma diferente...
Profundamente envergonhado.
E triste.

3 comentários:

  1. Olá, Jean. Não entendi muito bem o post, mas parece que é culpa de algo que você fez, com uma certa intenção, que acabou resultando em outra coisa inesperada. Olha, pensa assim: há 1 ano atrás vou lembrar de algo que me chateou bastante! É bem provável que não se lembre. Bom humor e falta de memória são os únicos antídotos para a chateação que é viver nesse mundo que, aqui e ali, tem coisas sensacionais.

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    1. Hey BHY! Muito obrigado por seu comentário. Em resumo, foi uma amizade perdida por ter cores em excesso... E você está certo, nada como o tempo, o bom humor e o esquecimento de coisas desnecessárias! Grande abraço!

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  2. "Quando a gente é jovem, a gente é tão maniqueísta. O que é bom é bom, isso é certo, isso é errado. Tanta intransigência. A vida vai deixando a gente menos prepotente. Ser jovem é ótimo, mas quando eu lembro das certezas que eu tinha quando eu era mais jovem, e que foram parar no ralo, me dá uma preguiça…"
    Com a idade, a gente aprende que nem tudo é preto no branco, nem sempre as coisas devem, ou podem, ser do jeito que a gente pensa. O tempo é o melhor calmante. Ensina a ser mais tolerante e menos impertinente. Algo que a gente faz quando é jovem, porque pensa que tudo deve passar pela nossa vontade. Olha, quase nunca isso acontece.
    A juventude é passageira, a velhice é para sempre.

    http://bhy.tumblr.com/post/7594488778/quando-a-gente-e-jovem-a-gente-e-tao

    espero que ajude se for necessário. abs!

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