Quando eu era mais novo, sempre que terminava algum relacionamento/rolo colocava a expressão "fechado pra balanço", com o intuito de realmente fazer uma avaliação de tudo que tinha vivido na situação e com a pessoa, o que nem sempre acontecia. Logo me enrolava novamente, encontrava alguém, uma nova conquista (que sempre pega um bom sagitariano!)... E não fazia o devido balanço e agora, tenho sentido como se tivesse tudo represado dentro de mim a ponto de explodir novamente.
Meu último post é uma expressão disso. Perdi um amigo que considerava muito... bem, talvez 'perdi' seja uma expressão um tanto forte demais. Tenho certeza de que a tentativa de curtir juntos e viver bons momentos (até sexuais!) não deu muito certo. Ele não estava bem emocionalmente e eu não estou muito melhor. Só que eu me afasto. E ele se frustrou.
Uma pena que essa tentativa frustrada de romance venha respingando em todos os amigos em comum e possa gerar o que eu temia: uma cisão entre a turma. Partidários dele, meus, ou de nenhum. Pessoas que não merecem e não deviam suportar a infantilidade dolorida da questão.
A questão não deveria existir.
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Academicamente falando, já estou me sentindo órfão da Universidade. Não sei se ainda é pela correria ou pelo curso mesmo, que eu amei fazer. Agora, pensando sobre, acredito que ela me ajudava a não ir tão profundamente em minhas reflexões. Ocupava a mente. E isso faz falta as vezes.
Foi também, uma área da minha vida que me proporcionou uma grande vitória: consegui meu diploma! Só isso já valeria o ano. E vale, não desmereço.
Também, abriu meu olhar de um jeito que nem sempre é confortável e ampliou as possibilidades de uma forma assustadora.
Preciso agora terminar de me recompor e ir à luta!
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Em relação a família esse ano foi muito tranquilo, até o momento. Digo até o momento porque família é algo imprevisível, cada dia aparece de um jeito. Tivemos alguns momentos tensos justificados por nossa imaturidade esperada nas dificuldades da convivência, nada que não seja facilmente superado.
O único ponto complicado foi o casamento da minha mama, que me fez sentir órfão por alguns momentos. Mas nada é mais importante pra mim que a felicidade dela, então ficou tudo bem. E no fim, essa sensação era muito mais uma expressão do meu ciúme de filho que qualquer outra coisa.
No geral, estão todos bem. É o que realmente importa.
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No campo pessoal, nunca estive mais estranho. É um vazio confortável. Um silêncio. Uma calma que só é perdida quando a carência bate. Mas até ela tem desaparecido como as pequenas ondas provocadas pelo choque de uma pedra na superfície de um lago calmo. Cada dia minha companhia é mais confortável e, embora sinta falta de alguns amigos queridos sempre, estar só não é um problema.
E fico curioso de saber até onde isso vai. Chego a pensar que talvez tenha me tornado uma pessoa fria. Mas espero que seja apenas o momento e que isso vai mudar.
Só espero que seja com a pessoa certa.
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Enfim, esse é meu balanço do ano de 2013. Ano longo, cheio de mudanças.
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