Nada como o tempo. Com ele a gente aprende tudo. E uma das maiores lições que eu aprendi nos últimos tempos é me conhecer e até mesmo, reconhecer.
Essa fase dos vinte e poucos anos devia ser taxada como de autoconhecimento, porque é uma época que realmente nos deparamos com nós mesmos e a vida nos obriga a lidar com a pessoa que a gente acaba por conhecer nesse contato.
Uma pena que minha geração fique mais focada na tela dos seus celulares e afins, e esquece de olhar pra dentro. Todo mundo quer ser visto e conhecido nas redes sociais e esquece desse contato mais íntimo e que no fim, é o único que realmente vale a pena.
Bem, após essa reflexão filosófica, o que realmente queria dizer é que aprendi, de uma forma bastante dura nos últimos tempos o verdadeiro significado do que é ser adulto, em especial nos meus relacionamentos e agora vejo com clareza o quanto tenho sido imaturo.
Claro que para isso, perdi uma pessoa que, mesmo sabendo não ser perfeita, tinha a real intenção de fazer as coisas darem certo. Ao mesmo tempo vi na prática que não adianta mesmo querer esquecer alguém com um novo alguém, ou usar as pessoas como remédio para a carência que só aumenta com o tempo.
Não que eu tenha usado alguém (embora tenha feito meu último rolo sentir assim), não intencionalmente. É que tem horas que o instinto e o tesão falam mais alto, ou melhor, são controlados por essa vontade insana de ter alguém, uma segurança, um porto seguro.
Mas a lição é clara: sou um ser humano com plenas faculdades e embora o amor seja fundamental na vida de qualquer um, chega! Não vou deixar mais a carência tomar conta, não quero e não vou permitir que isso aconteça.
Quero um relacionamento legal, que valha a pena. Claro, é necessário. Ninguém precisa ficar sozinho. Embora cada dia que passa a vida me mostre que a vida é minha, e minhas são as escolhas e consequências. E ninguém vai me ajudar a superar os obstáculos e a vencer o caminho que a mim foi determinado.
Talvez seja isso. Se tornar adulto, entre outras coisas é saber encontrar o equilíbrio tênue entre o indivíduo e o coletivo. Entre ficar e ir. Entre escolher e se deixar levar.
É decidir tomar as rédeas da própria vida. Não apenas financeiramente, mas, principalmente, emocionalmente.
É isso. Quero continuar crescendo. Amadurecendo.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
Decisão importante!
Encontro-me as voltas com uma importante decisão. Sair de casa. Esse desejo antigo sempre ronda minha mente, mas o medo sempre me segura.
A insegurança, se vou conseguir me manter, como seria viver sozinho ou mesmo dividir com um amigo, me deixa sempre um pouco travado, mas, agora essa vontade voltou mais forte que nunca.
Muitas questões estão norteando essa decisão: minha falta de privacidade atual, o fato de morar com minha avó e outros familiares, e o que é mais importante, o fato de não sentir mais que a casa que eu vivo é meu lar.
Amo minha família, mas, chega um momento que os limites precisam ser definidos. E atualmente, todos e mais alguns foram perdidos. Tenho o pacote completo de responsabilidades sem um terço de toda liberdade que corresponderia. E não é por imposição de ninguém, é que sou um dos poucos que tem desconfiômetro dentro da família. É mãe que deixa o filho quando quer, um entra e sai incrível, agregados que se acham donos, falta de respeito em relação a barulhos e horários, enfim, casa de vó, com todos os sentidos que a expressão pode tomar.
E estou num momento que preciso colocar minha cabeça no lugar e ter meu espaço em ordem, tranquilidade, porque tenho um volume de trabalho mental espantoso graças ao meu emprego e a projetos da minha carreira.
Mas, o coraçãozinho dói. Não quero magoar minha avó. Não quero que ela se sinta mal pelos motivos que eu tenho pra deixar a casa dela. Até porque eu entendo perfeitamente, que as coisas que acontecem tem que acontecer mesmo. É a casa da vovó, da matriarca. É o lugar onde todo mundo tem que se encontrar, onde buscamos apoio.
Meu significado de lar é que ainda é um pouco diferente.
Antes minha mãe ainda filtrava um pouco da realidade, recebendo os problemas antes de mim. Mas desde que ela se casou, eu tomei seu posto e, honestamente, não tenho a mesma sabedoria pra saber mediar tudo.
E não quero brigar com ninguém, me desentender, ou criar clima.
Eu é que não me encaixo mais.
E por isso, preciso sair.
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