quarta-feira, 30 de abril de 2014

Com o tempo a gente aprende

Nada como o tempo. Com ele a gente aprende tudo. E uma das maiores lições que eu aprendi nos últimos tempos é me conhecer e até mesmo, reconhecer.

Essa fase dos vinte e poucos anos devia ser taxada como de autoconhecimento, porque é uma época que realmente nos deparamos com nós mesmos e a vida nos obriga a lidar com a pessoa que a gente acaba por conhecer nesse contato.

Uma pena que minha geração fique mais focada na tela dos seus celulares e afins, e esquece de olhar pra dentro. Todo mundo quer ser visto e conhecido nas redes sociais e esquece desse contato mais íntimo e que no fim, é o único que realmente vale a pena.

Bem, após essa reflexão filosófica, o que realmente queria dizer é que aprendi, de uma forma bastante dura nos últimos tempos o verdadeiro significado do que é ser adulto, em especial nos meus relacionamentos e agora vejo com clareza o quanto tenho sido imaturo.

Claro que para isso, perdi uma pessoa que, mesmo sabendo não ser perfeita, tinha a real intenção de fazer as coisas darem certo. Ao mesmo tempo vi na prática que não adianta mesmo querer esquecer alguém com um novo alguém, ou usar as pessoas como remédio para a carência que só aumenta com o tempo.

Não que eu tenha usado alguém (embora tenha feito meu último rolo sentir assim), não intencionalmente. É que tem horas que o instinto e o tesão falam mais alto, ou melhor, são controlados por essa vontade insana de ter alguém, uma segurança, um porto seguro.

Mas a lição é clara: sou um ser humano com plenas faculdades e embora o amor seja fundamental na vida de qualquer um, chega! Não vou deixar mais a carência tomar conta, não quero e não vou permitir que isso aconteça.

Quero um relacionamento legal, que valha a pena. Claro, é necessário. Ninguém precisa ficar sozinho. Embora cada dia que passa a vida me mostre que a vida é minha, e minhas são as escolhas e consequências. E ninguém vai me ajudar a superar os obstáculos e a vencer o caminho que a mim foi determinado.

Talvez seja isso. Se tornar adulto, entre outras coisas é saber encontrar o equilíbrio tênue entre o indivíduo e o coletivo. Entre ficar e ir. Entre escolher e se deixar levar.

É decidir tomar as rédeas da própria vida. Não apenas financeiramente, mas, principalmente, emocionalmente.

É isso. Quero continuar crescendo. Amadurecendo.

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