A insegurança, se vou conseguir me manter, como seria viver sozinho ou mesmo dividir com um amigo, me deixa sempre um pouco travado, mas, agora essa vontade voltou mais forte que nunca.
Muitas questões estão norteando essa decisão: minha falta de privacidade atual, o fato de morar com minha avó e outros familiares, e o que é mais importante, o fato de não sentir mais que a casa que eu vivo é meu lar.
Amo minha família, mas, chega um momento que os limites precisam ser definidos. E atualmente, todos e mais alguns foram perdidos. Tenho o pacote completo de responsabilidades sem um terço de toda liberdade que corresponderia. E não é por imposição de ninguém, é que sou um dos poucos que tem desconfiômetro dentro da família. É mãe que deixa o filho quando quer, um entra e sai incrível, agregados que se acham donos, falta de respeito em relação a barulhos e horários, enfim, casa de vó, com todos os sentidos que a expressão pode tomar.
E estou num momento que preciso colocar minha cabeça no lugar e ter meu espaço em ordem, tranquilidade, porque tenho um volume de trabalho mental espantoso graças ao meu emprego e a projetos da minha carreira.
Mas, o coraçãozinho dói. Não quero magoar minha avó. Não quero que ela se sinta mal pelos motivos que eu tenho pra deixar a casa dela. Até porque eu entendo perfeitamente, que as coisas que acontecem tem que acontecer mesmo. É a casa da vovó, da matriarca. É o lugar onde todo mundo tem que se encontrar, onde buscamos apoio.
Meu significado de lar é que ainda é um pouco diferente.
Antes minha mãe ainda filtrava um pouco da realidade, recebendo os problemas antes de mim. Mas desde que ela se casou, eu tomei seu posto e, honestamente, não tenho a mesma sabedoria pra saber mediar tudo.
E não quero brigar com ninguém, me desentender, ou criar clima.
Eu é que não me encaixo mais.
E por isso, preciso sair.
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