Uma das grandes ironias da vida é exigir a um historiador, que é por direito o guardião da memória e do passado, que esqueça. Mas, é necessário, a medida em que aceitar que algumas coisas passam em nossas vidas faz parte do processo de crescimento.
Mas, como esquecer? Fui treinado para correr atrás dos rastros e vestígios mais fugídios. Buscar cada resquício daquilo que já foi e minha mente não consegue se desligar desse hábito tão necessário à profissão.
Ou seria apenas o coração, que como canta Selena, sabe o que quer em detrimento da mente? Não sei dizer, embora no fundo pressinta que seja esta a realidade.
É preciso esquecer. Essa certeza eu tenho. Mas, fica abalada quando estou distraído e a primeira pessoa que me vem à mente é você.
Tenho buscado compreender. Ser grato à vida pelos momentos bons e pelo crescimento que nossa história me proporcionou. Mas, apenas isso não basta para mitigar a saudade.
Por isso fica a pergunta: como esquecer?
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