Estamos no final do quarto mês de 2020 e que ano minha gente! Que ano! Grande parte da minha infância e adolescência eu ouvi rumores de fim do mundo. Quem como eu é filho das duas últimas décadas do século XX sabe bem como foi isso: fim de milênio, previsões malucas por todos os lados e a experiência de ano a ano do novo século, um possível fim.
2020 teve de tudo: pandemia, crise política e econômica, risco de meteoro e até OVNI's puderam ser vistos por aqui. Por todo lado, dizem que o mundo está mudando, que estamos entrando numa nova era, rumo à Regeneração tão aguardada!
E todas essas coisas nos lançam luz, dia a dia, de que a resposta está dentro de nós, em todas as mudanças que precisamos fazer e que nem sempre temos forças suficientes para manifestá-las... Lançaram luz para partes de quem eu sou que não são fáceis de reconhecer e que nem tenho ideia de por onde posso começar a modificá-las.
Daí, num vídeo qualquer pela internet trombei com uma das verdades mais doloridas de toda minha trajetória até aqui: a AUTO-ACEITAÇÃO. A necessidade de tirar de debaixo do tapete certos limites, certas características, certas dores, certas ausências e a urgência em abraçar definitivamente a criança assustada que eu fui, o adolescente depressivo, o jovem imaturo com os braços do adulto que agora começa a tomar consciência de si.
É reconhecer que não tem sido fácil. A solidão de se conhecer e defrontar certas características é, inúmeras vezes, quase intransponível. É seguir um dia de cada vez. É talvez, reconhecer que não se sabe exatamente o resultado de suas ações, mas, que agora mais do que nunca é o momento de agir. Ser inteiro e abraçar minha própria essência!
Eu não posso afirmar que o mundo realmente mudou ou que tudo será diferente de agora em diante, mas, com certeza tenho o propósito comigo de que eu vou ser diferente!
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