quarta-feira, 20 de abril de 2016

Ser!

Hoje senti vontade de falar de turbantes, de ritmo, de brasilidade, da diversidade que é está sob este céu... Mas, logo me vem que as letras agora rimam com o sentido da fuga...

Há tanto a fazer! Tantas coisas pra viver! E as palavras começam a povoar minha mente com ganas de fugir pelos dedos... podia falar de Frida, de Poliana... delas e talvez de ninguém, como a música que me inspira nessa catarse.

Mas não posso, visto que não sei o que é ser ela, uma luta que compreendo por ser diferente mas que nunca será minha. Posso dizer do que sinto e vivencio no dia a dia...

Sob o olhar de ser o quase... como se eu abrisse mão de ser alguém maior (?), de alcançar todo o potencial de minha vida, do homem que deveria ser... Ao mesmo tempo, com a certeza de ser inteiro, completo, complexo: diferente do previsto. Assumir a ecleticidade da vida que vibra aqui dentro.

Ser!

Momento

Aquele momento em que o vento me toca e é como se tua pele roçasse de leve na minha. Como se sentisse minha barba eriçada em seu cangote, relembrando aquela melodia nova que você fazia de conta não curtir...

Aquele momento que o arrepio toma conta do instante e a palavra sobe por baixo da pele deslizando pela língua e sem encontrar vazão, foge pelos dedos afora. Traduzindo o inexplicável momento do arrepio...

Aquele momento que se eterniza no toque apaixonado e intenso, com vontade de gozo e de ouvir mais uma vez: sou completamente teu!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Escrever... o melhor remédio!

Tenho fases interessantes em minha relação com a escrita. Não que me considere um escritor mas, fato é que, escrever sempre foi algo que me fez muito bem e me ajuda, pelo menos, organizar as ideias.

E em fases de turbilhão, como agora, onde os pensamentos pipocam aos milhares a todo momento, a única forma de organizar meu caos particular é passando para o papel - ou nesse caso, para a tela do computador.

Antes de começar a terapia não tinha noção do quanto me cobrava em relação à minha vida profissional, aliás, embora a questão financeira sempre fosse um problema - afinal, ainda não ganho o quanto acredito que mereço para o estilo de vida que eu quero - eu ainda não havia parado para refletir a sério sobre que rumos eu gostaria de dar a minha carreira.

Talvez, isso se dê pelo fato de ser o primeiro de minha família a fazer uma reflexão nesse sentido. Afinal, todos que vieram antes de mim nessa linhagem sempre se preocuparam com apenas uma questão: SEGURANÇA. Seguindo fielmente aquele velho mantra do "antes pingar que secar" como uma justificativa para aceitar diversos sapos em nome desse sentimento.

E isso, em grande medida eu já conquistei, afinal sou funcionário público desde os 22 anos de idade em minha cidade natal. Tenho um trabalho muito gostoso num lugar incrível que tem apenas um problema, o salário.

Mas, é um trabalho de meio período que paga as contas essenciais e deixa grande parte do meu dia livre para eu fazer o que quiser - tirando a vida adulta que exige coisas como lavar roupa e cuidar de casa, rs. Nos últimos tempos, esse tempo "ocioso" que ficou ainda maior com o fim da faculdade começou a me incomodar. E, no ritmo lento de minha lerdeza intelectual característica, só nos últimos tempos comecei a entender que da relação entre tempo ocioso e necessidade financeira eu poderia fazer algo.

Para isso, fiz curso de francês - que amo! -, tentei uma pós-graduação - que não curti tanto por causa da falta de compromisso da instituição -, e nos últimos meses venho pensando em cursar uma outra faculdade - o que não está completamente descartado ainda -, mas, por acaso, encontrei um curso gratuito de introdução ao conceito de empreendedorismo criativo no qual fiquei extasiado com essa ideia e profundamente tocado pela possibilidade de unir em um negócio sustentável minhas paixões.

Olha que sacada genial! Agora, tenho pensado muito nessa questão e tenho novos planos surgindo na cachola... vamos ver o que vai virar!

Abraços!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Dia da Mentira

Mentira, uma coisa que é popularmente execrada mas que faz parte de nosso dia a dia em momentos tão banais, não é mesmo? Passeando pelos canais da TV me deparei com um trecho do Saia Justa da GNT no qual as apresentadoras falavam exatamente disso. É impressionante, como disseram elas e concordo, como desenvolvemos ao longo do tempo a capacidade de mentir para nós mesmos e para o outro, até mesmo como consequência do processo de socialização. 

Mas, como ressaltou Mônica, o trabalho na terapia ajuda - promovendo nosso encontro com nós mesmos - a superar essa limitação e alinhar fala, ação e pensamento. 

Esse movimento tem sido para mim, atualmente, um dos mais complicados depois de dois anos de terapia: tocar nesse fundinho do baú onde escondemos aquele lado negro da força, onde tudo que foi escondido após um longo processo de educação mostra sua face. Como isso é doloroso as vezes, né?
 
Não raro me impressiono com minha capacidade de mentir para mim mesmo, especialmente no sentido de minha autoimagem e como é incrível a bondade das pessoas que me cercam em não mostrar as contradições tão facilmente identificáveis entre pensamento e gesto.

Em alguns momentos, como agora, chego a me considerar uma fraude já que muito do que pintei por fora tem se mostrado para mim nos últimos dias como uma frágil camada de pretensas qualidades que abafaram por anos um sentimento de inadequação, a insegurança e até mesmo, uma boa dose de egocentrismo - como um leitor apontou claramente num post passado que, após uma leitura fria acabei por tirar do ar devido ao alto grau de infantilidade que apresentei no relato.

Agora, tenho me perguntado como superar essas limitações? Como lidar com um eu que por tanto tempo ficou escondido e limitado? 

E ainda fica no ar o medo dos desdobramentos disso, porque sei que isso é só o começo!