sexta-feira, 1 de abril de 2016

Dia da Mentira

Mentira, uma coisa que é popularmente execrada mas que faz parte de nosso dia a dia em momentos tão banais, não é mesmo? Passeando pelos canais da TV me deparei com um trecho do Saia Justa da GNT no qual as apresentadoras falavam exatamente disso. É impressionante, como disseram elas e concordo, como desenvolvemos ao longo do tempo a capacidade de mentir para nós mesmos e para o outro, até mesmo como consequência do processo de socialização. 

Mas, como ressaltou Mônica, o trabalho na terapia ajuda - promovendo nosso encontro com nós mesmos - a superar essa limitação e alinhar fala, ação e pensamento. 

Esse movimento tem sido para mim, atualmente, um dos mais complicados depois de dois anos de terapia: tocar nesse fundinho do baú onde escondemos aquele lado negro da força, onde tudo que foi escondido após um longo processo de educação mostra sua face. Como isso é doloroso as vezes, né?
 
Não raro me impressiono com minha capacidade de mentir para mim mesmo, especialmente no sentido de minha autoimagem e como é incrível a bondade das pessoas que me cercam em não mostrar as contradições tão facilmente identificáveis entre pensamento e gesto.

Em alguns momentos, como agora, chego a me considerar uma fraude já que muito do que pintei por fora tem se mostrado para mim nos últimos dias como uma frágil camada de pretensas qualidades que abafaram por anos um sentimento de inadequação, a insegurança e até mesmo, uma boa dose de egocentrismo - como um leitor apontou claramente num post passado que, após uma leitura fria acabei por tirar do ar devido ao alto grau de infantilidade que apresentei no relato.

Agora, tenho me perguntado como superar essas limitações? Como lidar com um eu que por tanto tempo ficou escondido e limitado? 

E ainda fica no ar o medo dos desdobramentos disso, porque sei que isso é só o começo!

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