segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Rodopiando

É assim que se encontra minha mente, mais uma vez. Será que eu penso demais mesmo e acabo complicando tudo? Ou é minha percepção que é exagerada? Ou ainda, sou um dramático de natureza?

Creio nunca vou encontrar respostas para essas perguntas.

O que me aflige novamente, e que eu acredito ser a essência de todo o cansaço psicológico dos últimos anos é a questão do lar. Algo tão básico e que me tem feito tanta falta. Não que me falte um teto e carinho, na casa de minha avó. Seria um ingrato em dizer que vivo no pior lugar do mundo ou algo assim. O que deixa tudo ainda mais doloroso.

É uma sensação de não pertencimento. De estar sobrando. Incomodando. Por mais que ela mesma não diga isso, e o contrário, faça questão da presença de todos da família, não estou confortável. 

Pode ser a doença do meu tio sabe? Um possível transtorno mental ou o alcoolismo que tem feito todos da família preocupados. Mas, ao mesmo tempo que não temos certeza ainda de como lidar e do que podemos fazer, cada dia que passa ele ganha mais liberdade e se torna senhor do pedaço.

E tudo com a conivência dela. E isso me deixa muito decepcionado. Se até dois meses atrás tinha plena consciência e desejo de ajudar, apoiá-la no difícil processo de tratamento que esse tio pode ter que fazer. As últimas atitudes dela me deixaram de mãos atadas.

E ao mesmo tempo, não posso julgar: antes de tudo ela é mãe. Só me resta caçar um lugar pra mim. Um canto, um quarto, outro país. Não sei.

Só queria sentir novamente que tenho um lar tranquilo. No qual as pessoas se respeitam. Onde posso deitar e descansar sem ter medo de ser acordado no meio da noite por um surto ou implicância. E, principalmente, sem ter que entender cada mudança, cada pessoa que chega e que vai. Um lugar de calmaria e paz, por favor.

Acho que é chegada a hora de bater asas. Que bons ventos me guiem!

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