quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

#meuamigosecretoLGBT

Teoricamente, o meio universitário deveria ser um ambiente aberto e diverso, que propiciaria o debate e a valorização das diferenças, justamente por ser considerada um lugar para o desenvolvimento dos diferentes saberes...

Em minha trajetória de aluno, graças a Deus, eu sofri pouco preconceito o que aliás foi fundamental para que eu mesmo aceitasse minha condição sexual. A única agressão que sofri em 4 anos de graduação foi a publicação de uma nota de jornal que caracterizava o fato de meu namorado da época e eu andarmos de mãos dadas e nos beijarmos em público como algo desrespeitoso e que envergonharia a comunidade acadêmica - quando a mesma postura era naturalmente aceita quando se tratava de casais heterossexuais.

No entanto, em uma recente festa, ouvi alguns comentários super negativos de pessoas próximas quando fiquei com um rapaz que não seguia os padrões heteronormativos, ou seja, estava com roupas femininas num estilo andrógeno e barriga de fora. Dentre os comentários, o que mais me incomodou foi: você todo barbudinho com ar de nerd merece coisa melhor que essa bichinha pão-com-ovo.

Aí eu me pergunto: em que o fato de eu ser barbudo/nerd/discreto me torna melhor que o garoto afeminado, visto que somos tão iguais que estávamos nos pegando?

Vergonha alheia define...

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