quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Sobre esse tal de amor

Como toda criança cresci ouvindo contos de fadas, com os encontros e desencontros entre príncipes e princesas. Depois que envelheci um pouco (porque crescer não deu certo), percebi que as vezes, os contos de fadas eram entre dois príncipes ou duas princesas. Por que a vida não deve ser tão simples assim...

Mas, nos contos de fadas da vida real, a maior dificuldade que enfrentei até hoje não foi uma maçã envenenada e caramelizada, muito menos as maldades de uma bruxa malvada. Muito pelo contrário, as dificuldades quase sempre foram a disposição dos envolvidos.

Encontramos quase tudo: a tão comentada química, construímos boas histórias, acontecem incríveis encontros. Beijos e abraços que se encaixam e corpos que se movimentam quase como se fosse um só. Mas, quando a disposição em dar certo falta, meu amigo, não há tesão/atração/interesse/identificação que aguente!

Porque o amor é para os dispostos. Dispostos a compreender que o outro não é uma coisa só. Que o ser humano é complexo, cheio de manias, de desejos e de limitações. Dispostos a aceitar que o encontro, naquele dia a dia mais pesado, quando não há nada mais pra fazer que olhar para a cara amarrotada do outro numa tarde fria de domingo, nem sempre é fácil ou gostoso ou belo. Dispostos a entender que por trás daquele outro corpo existe uma infinidades de histórias, sucessos e fracassos nem sempre acessíveis, mas, que são fundamentais para fazerem do outro o que ele é.

E o mais importante: que não existe apenas o meu amor, o meu modo de amar... que existe o outro!

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