Lendo o blog do qual retirei o fragmento do post anterior, lembrei de como eu planejei minha vida quando era mais novo (pq menor, vc sabe...só se fosse microscópico!).
Tinha pequenas certezas, como por exemplo, que terminaria o Ensino Médio aos 18 anos, começaria a trabalhar e cursar História. Saíria de casa logo em seguida, assim que começasse a lecionar e seria o senhor independente antes dos 19 anos.
Engraçado ver como tudo aconteceu. Entre as surpresas que a vida nos oferece, meus pais se divorciaram em 2002, quando ainda estava na sétima série (sim, esses planos estavam prontos antes disso!). Pelas dificuldades que enfrentei com minha família depois, saí de um dos mais tradicionais colégios de minha cidade e caí de pára-quedas numa escola pública estadual de periferia, o que me fez um bem danado. Foi interessante notar a transformação do aluno relapso que fui até aquele momento no nerdizinho da classe... Virei um dos melhores alunos da turma, até mesmo em matemática!
No último ano do Ensino Médio, retornei ao colégio tradicional, e passei pelo processo mais complexo de minha vida que só concluí recentemente: a saída do armário para minha mãe. Foi um tempo tão complicado que me lembro muito pouco do período, só me lembro que cheguei a pensar em me matar e, que acabei namorando uma menina por quase dois anos! Mas, essa é uma outra história...
Enfim, me formei. Prestei vestibular e fui fazer Psicologia, único curso que tinha horário compatível com o do trabalho que arrumei. Trabalhava na mesma faculdade em que estudava, com limpeza. Foi um dos períodos mais interessantes da minha vida. Era incrível poder conhecer os dois lados da história na mesma instituição. E cresci muito. Aprendi que as pessoas não são tão boas quanto parecem num primeiro contato, nem tão ruins quanto podemos imaginar. E descobri que sou extremamente maleável ás situações, sejam elas financeiras ou mesmo, de estresse. O que me ajudou a enfrentar todas as transformações pelas quais minha vida passou.
Com quase três anos de trabalho nesta universidade, enfim, comecei cursar História. Por ironia do destino, não consegui pagar o curso de psicologia e muito menos encontrar um horário de trabalho que me permitisse estudar (o curso de psicologia era multiperiódico, e o trabalho ou de manhã ou de tarde), mesmo sendo na mesma instituição ambas as atividades. E nesse impasse fiquei sem estudar por dois anos. Nesse meio tempo, o improvável aconteceu e a faculdade mais tradicional de minha cidade, federal, abriu o curso que queria fazer. Prestei vestibular e passei.
Hoje, ainda estou cursando História como todos aqui sabem e amo meu curso. Ao contrário das minhas loucuras de pré-adolescente, ainda moro com minha mãe e, pelos planos atuais, ela que sairá de casa, pois se casará novamente. Meu irmão saiu no fim do ano passado, casado aos 19 anos (Fico chocado com isso as vezes... Ele é três anos mais novo!).
Fico impressionado como minha vida tomou um rumo bem diferente do planejado, para que eu conquistasse meus sonhos mais antigos. Se não fosse assim, nada teria o mesmo valor. Fácil, não vou ser hipócrita e dizer que foi... Nenhuma mudança é fácil. Mas, foi muito bom para que eu aprendesse a valorizar tudo que tenho atualmente.
E assim, concluo, sou feliz. Agora, preciso me preparar para o próximo passo. Logo, a faculdade estará no fim e tudo será diferente novamente!
Bjos!
Por isso que nunca devemos perder a esperança de que tudo irá melhorar.
ResponderExcluirBeijo!