A causa de todo o sofrimento recente é o conjunto de coisas não vividas. E quando paro pra pensar, chego a conclusão de que vivi perdido em planos e que as inconclusões me perseguem.
É a porta que me recusava a fechar para que aquele quase amor voltasse novamente a me cercar. Sugando os sorrisos, prometendo os mundos sem fundos e trazendo de volta toda aquela tristeza, angustia e solidão que me era tão presente antes do encontro comigo mesmo.
Eram os personagens tão conhecidos dos meus sonhos de adolescente. Expressões coloridas de uma alma ávida por uma vida melhor que demorava, se complicava e com a qual não havia modo melhor de lidar que com a fuga. Não era necessário drogas ilícitas ou baladas noturnas: bastava o colorido do lápis e o frescor do caderno brochura recém adquirido.
E a experiência do perdão. Sim, perdão. A vida que de tão injusta e mutante, não deu tempo para a cura das feridas que se avolumaram e tomaram toda a pele. O perdão aos pais humanos que são, em suas fraquezas, inseguranças e dúvidas. Afinal o que fazer com um ser tão frágil, sensível, semelhante na face e completamente distinto no coração?
A causa enfim da dor que cresce à cada dia é claramente o conjunto de coisas não vividas. Mas o tempo, ingrato nos sorri as vezes. Ainda há tempo.
Tudo pode (e vai) ser diferente!
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