domingo, 30 de agosto de 2015

E quem sabe fica?

Sou um caçador nato, especialmente daquele espécime raro chamado amor. Embora minha cara lerda ou olhar carente demonstrem o contrário, não é qualquer charme que desperta meu interesse.

As coisas não são assim tão fáceis. No mesmo instante que estou, já voei, já parti... Senti no ar o rastro daquilo que eu realmente procuro lá dentro, bem no fundo.

Procuro a intensidade. Mas não apenas a intensidade carnal, essa tão fácil no mercado hoje em dia. Não, procuro a intensidade de um olhar em silêncio, de um beijo envolvente, de um abraço que faz o coração sincronizar sua batida com o par ao lado.

E eu sei que minha intensidade assusta. Assusta porque ela pode ser confundida com diversas coisas, com carência talvez, com a falta de paciência dos afoitos... Mas não, ela nada mais é do que reflexo de todo o universo de coisas, de experiências, de sentimentos, caminhos, emoções, toques, carícias, beijos que estão guardados para aquele que realmente os merecer.

E se aparece forte no olhar, assusta. E se assusta é porque é algo inteiro. Não costumo amar pela metade. E não costumo desamar, se é que isso seria possível. Nasci feito de amor e voltarei à terra amando cada sabor, sentimento, sussurro e parceria que experimentar por essa terra. Desde o primeiro amor confuso da infância por aquela que o nome quase se perdeu com o tempo, até aquele sentimento carregado da mais pura tensão da descoberta do primeiro rapaz, até o amor desesperado da conformidade e enfim o primeiro amor que brincou de rimar com dor. E aquele amor que ainda dói.

Nenhum deles será esquecido, menor, esmaecido com o tempo. Nem são tidos como feridas, talvez lições de como cada dia mais amar. Em cada tempo de um jeito.

E a busca continua por aquele que há tempos venho contando aqui... sabe? Daquele verso daquela música que adoro?

E sei que um dia ele vem... E quem sabe fica?

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