Estamos no final do quarto mês de 2020 e que ano minha gente! Que ano! Grande parte da minha infância e adolescência eu ouvi rumores de fim do mundo. Quem como eu é filho das duas últimas décadas do século XX sabe bem como foi isso: fim de milênio, previsões malucas por todos os lados e a experiência de ano a ano do novo século, um possível fim.
2020 teve de tudo: pandemia, crise política e econômica, risco de meteoro e até OVNI's puderam ser vistos por aqui. Por todo lado, dizem que o mundo está mudando, que estamos entrando numa nova era, rumo à Regeneração tão aguardada!
E todas essas coisas nos lançam luz, dia a dia, de que a resposta está dentro de nós, em todas as mudanças que precisamos fazer e que nem sempre temos forças suficientes para manifestá-las... Lançaram luz para partes de quem eu sou que não são fáceis de reconhecer e que nem tenho ideia de por onde posso começar a modificá-las.
Daí, num vídeo qualquer pela internet trombei com uma das verdades mais doloridas de toda minha trajetória até aqui: a AUTO-ACEITAÇÃO. A necessidade de tirar de debaixo do tapete certos limites, certas características, certas dores, certas ausências e a urgência em abraçar definitivamente a criança assustada que eu fui, o adolescente depressivo, o jovem imaturo com os braços do adulto que agora começa a tomar consciência de si.
É reconhecer que não tem sido fácil. A solidão de se conhecer e defrontar certas características é, inúmeras vezes, quase intransponível. É seguir um dia de cada vez. É talvez, reconhecer que não se sabe exatamente o resultado de suas ações, mas, que agora mais do que nunca é o momento de agir. Ser inteiro e abraçar minha própria essência!
Eu não posso afirmar que o mundo realmente mudou ou que tudo será diferente de agora em diante, mas, com certeza tenho o propósito comigo de que eu vou ser diferente!
Pequenos pensamentos...
quarta-feira, 29 de abril de 2020
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
Adeus ano velho!
Não sei como você está se sentindo ao ler isso, mas, do lado de cá esse fim de ano e de década está um tanto quanto cinzento. Não sei se por causa do tempo chuvoso do verão nessas bandas de cá, ou se pelo cansaço acumulado dos últimos anos, as coisas não tem apresentado suas cores normais por esses dias.
No fundo, sei que tudo vai melhorar e que o que tenho sentido é resultado de uma década muito puxada. Convenhamos, minha vida mudou completamente de 2010 pra cá. Fazendo um balanço rápido, foram os anos nos quais descobri o que é estar num relacionamento, com os outros e comigo mesmo, que estabeleci meus laços de amizade mais fortes, me encontrei profissionalmente como estilista/costureiro/criativo, enfim... foi uma época tão intensa que não é atoa se mostra agora tão cansativa.
A sorte é que tenho alguns dias nesse comecinho de 2020 pra colocar as ideias no lugar e enfim agradecer por todas as mudanças, por aqueles que vieram e tanto ensinaram (mesmo não ficando no final), por aqueles que não mudando também me ensinaram a ser diferente, pela presença de Deus na minha vida (com a grande reconciliação com a fé que foi minha entrada no Espiritismo Kardecista), pelos anos que vivi sozinho e aprendi a apreciar minha própria companhia e agora, pelo casamento.
Enfim, eu mudei mais em 10 anos que em todos os outros 21. Amadureci em muitos aspectos, tenho certeza. E ainda tenho um mundo pela frente. E o melhor é que agora esse mundo tem forma, rumo, significado, não é mais a massa disforme e infinita que se apresentava 10 anos atrás!
E só posso dizer a 2020: seja bem-vinda Nova Década! Anos 20 aí vou eu!
E que venha o projeto 40!
Até o próximo desabafo!
No fundo, sei que tudo vai melhorar e que o que tenho sentido é resultado de uma década muito puxada. Convenhamos, minha vida mudou completamente de 2010 pra cá. Fazendo um balanço rápido, foram os anos nos quais descobri o que é estar num relacionamento, com os outros e comigo mesmo, que estabeleci meus laços de amizade mais fortes, me encontrei profissionalmente como estilista/costureiro/criativo, enfim... foi uma época tão intensa que não é atoa se mostra agora tão cansativa.
A sorte é que tenho alguns dias nesse comecinho de 2020 pra colocar as ideias no lugar e enfim agradecer por todas as mudanças, por aqueles que vieram e tanto ensinaram (mesmo não ficando no final), por aqueles que não mudando também me ensinaram a ser diferente, pela presença de Deus na minha vida (com a grande reconciliação com a fé que foi minha entrada no Espiritismo Kardecista), pelos anos que vivi sozinho e aprendi a apreciar minha própria companhia e agora, pelo casamento.
Enfim, eu mudei mais em 10 anos que em todos os outros 21. Amadureci em muitos aspectos, tenho certeza. E ainda tenho um mundo pela frente. E o melhor é que agora esse mundo tem forma, rumo, significado, não é mais a massa disforme e infinita que se apresentava 10 anos atrás!
E só posso dizer a 2020: seja bem-vinda Nova Década! Anos 20 aí vou eu!
E que venha o projeto 40!
Até o próximo desabafo!
segunda-feira, 21 de outubro de 2019
Mais um desabafo
Cresci num contexto no qual sempre me senti um estranho, só pra você ter uma ideia, sou de família evangélica e pai militar. E gay. Não que isso devesse lá ser muito importante ou fosse motivo pra qualquer exclusão. Mas foi. E pelo jeito é.
Por diversas vezes ser eu mesmo era motivo de reprimendas, de coisas simples como um "senta direito menino!" ou "menino brinca com menino" e o clássico "boneca é para meninas!". E a gente vai sendo moldado pela vida, aprende que deve observar se tá gesticulando demais ou falando fino demais.
E chega um ponto que deixa a própria sensibilidade de lado. Aquele olhar que beirava a pureza vai dando espaço para o medo. Aquela expectativa ruim de não saber de qual direção viria o próximo olhar torto, a próxima agressão, física ou psicológica.
E a gente acredita que quando se torna adulto, de tanto levar porrada da vida, aprendemos a lidar. Que nos tornamos praticamente invulneráveis, que depois de certo tempo a gente consegue lidar. E até consegue.
Mas tem dias que a criança ferida lá no fundo da alma emerge e tudo fica mais dolorido. E a gente percebe que ninguém além da gente mesmo vai conseguir abraçá-la, secar suas lágrimas e mostrar que tudo vai ficar bem.
É difícil viver num mundo assim. Mas seguimos tentando. Mesmo que algumas situações nos mostrem o quanto a gente queria apenas fazer parte, nem que por um mero instante. Sentir que sua família e seu pai poderia mudar, ter mais empatia e acolher você em seus braços, fazendo você se sentir amado de verdade, filho de verdade.
Não apenas um estranho, quase que aquele sobrinho que mora fora e só é visto em raras ocasiões.
Será que um dia eu vou sentir que tenho um pai?
Por diversas vezes ser eu mesmo era motivo de reprimendas, de coisas simples como um "senta direito menino!" ou "menino brinca com menino" e o clássico "boneca é para meninas!". E a gente vai sendo moldado pela vida, aprende que deve observar se tá gesticulando demais ou falando fino demais.
E chega um ponto que deixa a própria sensibilidade de lado. Aquele olhar que beirava a pureza vai dando espaço para o medo. Aquela expectativa ruim de não saber de qual direção viria o próximo olhar torto, a próxima agressão, física ou psicológica.
E a gente acredita que quando se torna adulto, de tanto levar porrada da vida, aprendemos a lidar. Que nos tornamos praticamente invulneráveis, que depois de certo tempo a gente consegue lidar. E até consegue.
Mas tem dias que a criança ferida lá no fundo da alma emerge e tudo fica mais dolorido. E a gente percebe que ninguém além da gente mesmo vai conseguir abraçá-la, secar suas lágrimas e mostrar que tudo vai ficar bem.
É difícil viver num mundo assim. Mas seguimos tentando. Mesmo que algumas situações nos mostrem o quanto a gente queria apenas fazer parte, nem que por um mero instante. Sentir que sua família e seu pai poderia mudar, ter mais empatia e acolher você em seus braços, fazendo você se sentir amado de verdade, filho de verdade.
Não apenas um estranho, quase que aquele sobrinho que mora fora e só é visto em raras ocasiões.
Será que um dia eu vou sentir que tenho um pai?
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Terapia nossa de cada texto
Precisamos as vezes falar, colocar para fora de alguma maneira o aperto que parece esmagar o peito. Hoje é um dia assim, dia que até o céu amanheceu nublado pra combinar com a tristeza que invade a mente.
Não sei se é mesmo tristeza. É diferente, é mais uma incerteza. Ou a certeza da impermanência da vida. De que talvez, o livro clichê estava com razão quando apregoou infinito dentro de dias limitados. Que deixa na memória o que ficou de bom.
Mas, talvez não seja o fim, propriamente dito. É a possibilidade de mudança que assusta, de bifurcações no caminho que podem levar a novos lares, pessoas e lugares. E chegando lá não seja nada disso.
Justo agora que parecia tudo tão bem, certo e encaminhado. Quando parecia que enfim o lar por tanto tempo procurado, estivesse aqui. Nesse sorriso lindo que me encanta a cada dia, num olhar carinhoso e safado, na presença silenciosa e presente.
Enfim, o que fazer é apenas retórica. O certo é esperar pra ver!
Justo agora que parecia tudo tão bem, certo e encaminhado. Quando parecia que enfim o lar por tanto tempo procurado, estivesse aqui. Nesse sorriso lindo que me encanta a cada dia, num olhar carinhoso e safado, na presença silenciosa e presente.
Enfim, o que fazer é apenas retórica. O certo é esperar pra ver!
sábado, 20 de julho de 2019
Um dia especial
Sabe, eu não sou perfeito! Por muito tempo eu vivi atrás de não sei bem o que que poderia combinar com essa palavrinha que insiste sempre em rondar minha mente. Mas, sabe? Cheguei a um ponto que não dá mais pra fingir pra mim mesmo.
Há muito tempo o complexo de príncipe que haviam colocado em mim partiu. Já encarei cada defeito vindo lá do fundo que nem a face mais simpática poderia disfarçar! Posso ser rude, posso ser cruel, posso rir do coleguinha que tropeçou ao meu lado e, principalmente, poderia avaliar cada erro meu e seu.
Mas chega um ponto que a gente cansa. O olhar prescrutador que eu lançava ao redor era o mesmo - e talvez mais cruel - que eu lançava pra mim mesmo. E já não dá mais. A gente pode mais né?
E hoje, especialmente, é um dia que a gente deve expressar nossa luz, todo o amor que arde em nossos corações. A partir de mim mesmo! E sabe? Não posso ser perfeito...
Pelo menos não aqui.
Um dia...
Quando essa palavra não carregar tanta coisa negativa e rimar apenas com amor.
Quem sabe aí vamos entender o que é perfeição.
Mas agora, não quero mais isso pra mim nem pra você! Podemos apenas viver, não é verdade?
E, quem sabe, depois de hoje, construir um mundo melhor!
Pra mim, pra você, pra todos nós!
Há muito tempo o complexo de príncipe que haviam colocado em mim partiu. Já encarei cada defeito vindo lá do fundo que nem a face mais simpática poderia disfarçar! Posso ser rude, posso ser cruel, posso rir do coleguinha que tropeçou ao meu lado e, principalmente, poderia avaliar cada erro meu e seu.
Mas chega um ponto que a gente cansa. O olhar prescrutador que eu lançava ao redor era o mesmo - e talvez mais cruel - que eu lançava pra mim mesmo. E já não dá mais. A gente pode mais né?
E hoje, especialmente, é um dia que a gente deve expressar nossa luz, todo o amor que arde em nossos corações. A partir de mim mesmo! E sabe? Não posso ser perfeito...
Pelo menos não aqui.
Um dia...
Quando essa palavra não carregar tanta coisa negativa e rimar apenas com amor.
Quem sabe aí vamos entender o que é perfeição.
Mas agora, não quero mais isso pra mim nem pra você! Podemos apenas viver, não é verdade?
E, quem sabe, depois de hoje, construir um mundo melhor!
Pra mim, pra você, pra todos nós!
quinta-feira, 6 de junho de 2019
Novos caminhos da vida
Criar um novo caminho na minha carreira tem me deixado profundamente ansioso e com medo. Estou no limiar de tomar decisões que vão afetar minha vida por muitos anos e que espero, tenha um retorno negativo não apenas para minha vida, quanto para a vida de meus familiares mais próximos.
Inventar um trabalho tem mexido com diferentes áreas da minha, sobretudo, emocionalmente. É uma gangorra de sentimentos o tempo todo: momentos de excitação, ansiedade, medo, empolgação. Tem momentos que não são fáceis e, como todo velho bom padrão, acabo me vendo tocando de roda com o planejamento enquanto a inércia toma conta de mim.
Sou um ótimo planejador. Percebi nos últimos tempos que consigo compartimentar, segmentar, organizar e planejar. Mas, daí quando dou por mim, lá se foi a energia para REALIZAR! E, no final das contas é pra isso que se coloca um negócio no mundo né?
E é bom saber disso. Ter clareza de minhas limitações para que eu possa, a cada dia, trabalhar nelas e fazer o melhor possível, em meu ritmo, caminhando.
Fico feliz de perceber que estou perseguindo um sonho novamente. Fiquei por muitos anos vazio, sem propósito depois que me formei. E vejo que agora, tudo que aprendi, que conheci até aqui tem um propósito: criar um trabalho gostosinho, com a minha cara!
Isso não é demais?
terça-feira, 30 de abril de 2019
Voltando a escrever
A escrita sempre foi uma de minhas paixões na vida e, se você está lendo isso, sabe que o blog sempre serviu quase como que uma sessão de terapia. Um meio de organizar os pensamentos e colocar um pouco do tumulto que tenho dentro da caixola pra fora.
E em tempos agitados como esse que estou vivendo agora, de algumas mudanças importantes e uma forte queda na realidade das coisas - sobretudo do meu papel na direção da minha própria vida - a escrita tem retornado como uma necessidade.
São vários insights sobre o modo como tenho levado as coisas até aqui e pra onde quero ir nessa nova fase que se inicia. Pela primeira vez, sinto que posso fazer as coisas com o coração e as quais eu vim aqui pra realizar. E não, não é nenhum sentimento megalomaníaco ou necessidade de admiração.
É que me escondi por tanto tempo atrás de crenças de que eu não era capaz, da ideia de dependência das pessoas e de um medo gigantesco, que agora que comecei a me firmar em minhas próprias pernas, tudo acontece tão rápido e de forma tão interessante, que nossa! Só escrevendo para lidar com tudo isso.
Será que esse lugar de fala vai se transformar num diário de um empreendedor em formação? Das aventuras que vou viver daqui em diante? Possivelmente! Até porque, sempre coloquei aqui as coisas que estavam em minha mente e coração, e o meu negócio é minha paixão! É o que eu sempre esperei fazer um dia, embora ainda não seja tudo que poderá ser!
E vamos lá! Tenho uma infinidade de coisas a fazer e a aprender!
Abraço!
sexta-feira, 26 de abril de 2019
O Poder da Ação
Anos atrás, quando eu comecei meu processo de autoconhecimento e a fazer terapia, cheio de dúvidas e caraminholas na cabeça, ouvi minha psicóloga dizer que eu pensava demais e precisava agir. Segundo ela, agir e colocar as coisas em movimento me fariam bem e ajudaria a lidar com a insegurança e com o medo, que ao fim, eram os sentimentos limitantes mais fortes com os quais eu lidava naquele momento.
Honestamente, naquele momento eu não dei muita bola para o que ela disse, até porque, eu estava confortável naquela posição de vítima, colocando a culpa da inércia da minha vida às dificuldades da vida, à família e ao universo!
Quanta imaturidade, não é mesmo? Aos poucos, nos últimos quatro anos, fui tomando conta das rédeas da minha vida. Isso não quer dizer que sou completamente independente, fodão, que não precisa de ninguém. Muito pelo contrário. Nunca estive tão frágil quanto agora!
Mas, hoje tenho coragem de assumir meus medos e - o que é mais importante - entender que são medos. Que poderiam me limitar, como faziam no passado, mas, que hoje eu não tenho mais tempo para escutá-los, entende? Comecei a agir e sabe o que aprendi com isso? Que movimento REALMENTE atrai movimento!
Que mesmo não sendo fácil ter a vida que a gente sonha em ter, se a gente não assumir que vida é essa e começar a agir para criá-la, nada vai continuar acontecendo. E não, esse não é um papo de "Couch" motivacional. É só uma necessidade que veio com o tempo.
E o incrível em tudo isso é que, dia após dia, as desculpas que eu me dava para não crescer, para não caminhar com minhas pernas caem por terra, uma a uma. Pra você que me acompanha a um tempo entender do que estou falando, hoje estou terminando de organizar as coisas pra começar meu próprio ateliê de costura! E, creia, tenho total apoio da minha família!
Pois é! Como os pensamentos me limitaram por tanto tempo!
Mas, vamos lá que a costura me aguarda!
terça-feira, 5 de junho de 2018
Auto-conhecimento
Um dos maiores desafios para mim em relação ao auto-conhecimento é justamente a necessidade de escolher. Essa questão da escolha começou no final da adolescência quando - ainda sem muita noção na vida - passei por diferentes relacionamentos de um mês, aqueles namoricos adolescentes, justamente porque surgia uma pessoa interessante... e outra... e aquela também. Como se cada uma delas juntas formassem um quadro de uma pessoa ideal. E inatingível.
Mas a gente cresce né? Graças a Deus. Em estatura mesmo eu cresci muito pouco depois dos quinze anos... a maturidade! Essa chega invariavelmente! E essa dificuldade de escolha, como já rezava meu mapa astral, foi migrando lentamente para a questão profissional. Eu sabia o que fazer até certo ponto - afinal de contas todo mundo termina a escola e parte para a faculdade, certo?
Depois da graduação - que foi a realização de um sonho, como já tratei aqui algumas vezes - a coisa começou a se complicar: de um lado, a segurança de um cargo público que garante uma certa segurança - digo certa, porque as coisas estão cada dia mais complicadas em nosso país e sabe se lá né? - e de outro, uma insatisfação crescente que foi tomando conta do meu peito, que ficava cada vez mais apertado quando me deparava com as possibilidades que eu tinha pelo meu caminho! Afinal, é tanto caminho bom né gente? É cada carreira massa que como fecho as portas para outras?
E lá no fundo pulsava também ao mesmo tempo e com a mesma intensidade o amor pelo lugar que trabalho (uma biblioteca pública centenária) e o medo de ser só isso pra sempre!
E lá vem de novo aquele velho fantasma. Monstro guardado no guarda-roupa da tal da escolha. Afinal, logo teria 30 anos e o tinha uma série de itens da lista dos meus pais, dos amigos, do universo que eu ainda não tinha cumprido. Gente, não tenho nem carteira de motorista!
E ao mesmo tempo vários talentos que pulsavam aqui dentro emergia de quando em vez me lembrando que grande parte do homem que me tornei se devem a eles: a música que foi meu terapeuta por anos, a escrita que garantiu minha sanidade, o desenho que foi o despertar da minha individualidade ainda com 5/6 anos de idade. E também, a costura que sempre pairava no horizonte como uma possibilidade de percurso e uma grande paixão escondida.
Paixão bandida que eu não permitia emergir.
Daí, num belo dia a cerca de dois anos, me deparei com um conceito interessante, o empreendedorismo criativo. E seguindo a mentora que o defendia, descobri que não precisava ser uma coisa só e, mais lindo ainda, que poderia transformar todas as minhas paixões em negócio. Inventar a partir de minhas experiências, habilidades e conhecimentos, um caminho próprio, único e exclusivo que daria conta de tudo que sou e que quero ser.
E é essa aventura que está começando agora! Intensificando o olhar para dentro para descobrir toda essa potência que eu desmereci por tanto tempo!
Já estou ansioso para o que vai surgir daqui!
segunda-feira, 5 de março de 2018
Concentração, cadê?
Eis um grande desafio em minha vida: manter o foco e a concentração! Minha mente vive lotada de pensamentos, de ideias, planos e projetos! E parece que, como um bonequinho de video game que pula de tijolinho em tijolinho, vai alternando seu foco, sem conseguir as vezes, concluir algumas das tarefas que deu início.
Agora mesmo, escrevo para tentar recuperar o foco. Estou de férias, num momento muito interessante, onde estou novamente em contato comigo mesmo. Olhando para mim, para dentro e para o universo particular que habita aqui dentro. E olhar tudo isso, causa uma dificuldade enorme para manter a concentração.
Acho que a terapia começa a dar sinais de sua ausência. Havia e ainda há mtas pontas soltas aqui dentro e me falta - em certa medida - o jeito para atá-las! Só me restar respirar fundo, acender um incenso, pegar uma garrafinha de água e abrir mais uma vez o texto delícia do Hobsbawn ou o complexo Bechara.
Espero que essa terapia escrita dê certo.
É isso!
domingo, 4 de março de 2018
Tem dias que...
Tem dias que tudo parece tão estranho não é mesmo? Sentimentos fora de ordem, pensamentos em confusão. Colocamos a casa em ordem pra ver se a bagunça interna se ajeita, mas nem mesmo a organização da gaveta por tipo e cor dá solução.
Tem dias que aquele vazio tão conhecido parece flertar de novo com o peito. Ameaçando se esgueirar por qualquer fresta aberta, ocupando o espaço do amor, do cuidado e da afeição.
Tem dias que fica tudo tão estranho não é mesmo? Voltamos a um tempo de solidão e vazio que há muito não se manifestava por aqui. Será que é tempo de mudança? De novos rumos? Outros recomeços?
Tudo muito estranho, não é mesmo?
quinta-feira, 1 de março de 2018
O desafio da gratidão
Ser grato é um dos maiores desafios que eu tenho nessa vida. Cheguei a essa conclusão depois de, conversando com um amigo, relembrar uma das épocas mais difíceis da minha vida quando passava por um episódio depressivo que quase me custou a vida.
É uma época que raramente retomo, justamente por ser um momento doloroso quando questionei aquilo que tenho de mais precioso: a vida. E nessa conversa, acabei por perceber de uma maneira nova que foi a época na qual Deus esteve mais presente em minha vida.
Era o final da adolescência, quando as dúvidas rondavam minha mente na mesma proporção da ebulição dos hormônios. Tudo estava fora de escala e eu, dramático que sou, oscilava entre a comédia e a tragédia, sem meio-termo - como todo adolescente. Não bastasse a época já ser tipicamente turbulenta para nossa espécie, foi o momento que me deparei com duas realidades muito importantes (pelo menos para mim): a importância da fé em minha vida (na época achava que era a importância da instituição) e a inadequação diante da minha sexualidade (um jovem gay num meio evangélico).
Essas duas dimensões da minha vida simplesmente não combinavam. Já era um contexto melhor que outras décadas, mas, ainda não tínhamos avançado tanto nesse debate como hoje! Isso era 2004/2005 e pra ajudar ainda frequentava um colégio militar.
Passava também por uma fase difícil na vida dos meus pais, sofrendo junto deles as consequências do fim do casamento e, para resumir bem a situação, não conseguia perceber em nenhum deles o apoio necessário para enfrentar minhas questões e seguir em frente. Sentia que naquele momento estava completamente só. O que não era verdade mas, na mente adolescente de então, tinha um peso enorme.
Foi o espaço perfeito para que a depressão se instalasse e a ideia de suicídio tomasse forma. Eu não era o filho perfeito que meus pais esperavam. Eu não conseguia ser o religioso que a comunidade esperava. A fé na qual eu tentava me enquadrar dizia que eu iria para o inferno. Nem Deus queria saber de mim!
E foi nesse momento que Ele em sua infinita bondade começou a se manifestar grandemente na minha vida. Hoje entendo que por intermédio da minha mediunidade e da intervenção do mentor designado para me auxiliar. Dessa forma, Ele colocou em meu caminho umaa série de pessoas que me deram apoio: professores muito sensíveis que perceberam que eu não estava bem pela mudança profunda que sofri ao longo do ensino médio; meus avós e minha madrinha que tomaram o lugar de pai e mãe naquele momento; alguns poucos amigos iluminados que já apontavam naquela época um caminho religioso que me ajudaria fazer as pazes com minha fé; e, o momento mais lindo de todos, quando da boca de um irmão da igreja que ainda frequentava eu entendi o profundo significado da expressão "a verdade te libertará".
Naquele instante eu percebi, que ao contrário de tudo que eu acreditava até então, Deus não comete erros. Que Ele havia me criado exatamente como sou. Que Ele me AMA!
Daí, meu amigo me questionou após ouvir essa fase da minha vida se eu já tinha demonstrado minha gratidão. Sendo bem honesto - diferente da resposta genérica que eu dei a ele - eu tenho dúvidas se um dia vou conseguir demonstrar o quanto sou grato por todo amor de Deus em minha vida. Porque é simplesmente um amor infinito que não tem como nem compreender, quem dirá retribuir à altura né? Só espero que, dividindo a certeza de que as coisas podem melhorar eu consiga pelo menos divulgar - para além de qualquer instituição religiosa - a importância da espiritualidade e do amor de Deus por nós nos menores detalhes de nossa vida.
E a certeza de que Ele é meu verdadeiro pai, mãe, família! Que é sim o que eu tenho de mais valioso! Espero ser cada dia melhor e crescer cada dia mais um pouquinho, dando mais um passinho em Sua direção!
E quem sabe um dia estar à altura desse desafio que é a gratidão!
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
Percepções
Há um bom tempo tenho tentado me conhecer melhor e tentar lidar com algumas características que não são muito agradáveis de defrontar. Sei que é o maior clichê da história, usado por mil de mil culpados, mas eu não sou perfeito.
Só essa obviedade, assumida aqui em rede mundial já é um grande avanço para o jovem iludido que fui/sou. Fui criado para ser perfeito e acreditava no sucesso dessa criação, focando sempre naquilo de bom que conseguia ser/fazer no meio em que vivo.
Mas alguns choques de realidade e sessões de terapia depois, comecei a conseguir - finalmente! - uma visão mais clara de defeitos e qualidades. Acredito que tenho um longo caminho pela frente e só esses três parágrafos de justificativas já mostram que a caminhada não será fácil quando observo um defeito em especial: o egocentrismo.
Vivo e penso de onde estou e de quem eu sou no momento. E por inúmeras razões, acabei desenvolvendo um senso crítico em relação as coisas e aos outros difícil de lidar em algumas situações. E sempre que alguma situação assim me incomoda, observo minha reação e percebo o quanto ainda deixo minha criança interior tomar as rédeas e mostrar o quanto ela é mimada.
Creio que não existe uma resposta pronta de como lidar com isso, é um exercício diário. Lá se vão vinte e nove anos alimentando certos padrões de comportamento. Sendo uma pessoa sem muito tato, por vezes sem noção e tão empolgada, dentro de seus pensamentos, que não percebia o quanto estava agindo de maneira inconveniente.
O famoso sem noção. Que eu verdadeiramente não quero ser em vários aspectos da minha vida.
Espero conseguir mudar. O incômodo interno já chegou.
Abraços!
Só essa obviedade, assumida aqui em rede mundial já é um grande avanço para o jovem iludido que fui/sou. Fui criado para ser perfeito e acreditava no sucesso dessa criação, focando sempre naquilo de bom que conseguia ser/fazer no meio em que vivo.
Mas alguns choques de realidade e sessões de terapia depois, comecei a conseguir - finalmente! - uma visão mais clara de defeitos e qualidades. Acredito que tenho um longo caminho pela frente e só esses três parágrafos de justificativas já mostram que a caminhada não será fácil quando observo um defeito em especial: o egocentrismo.
Vivo e penso de onde estou e de quem eu sou no momento. E por inúmeras razões, acabei desenvolvendo um senso crítico em relação as coisas e aos outros difícil de lidar em algumas situações. E sempre que alguma situação assim me incomoda, observo minha reação e percebo o quanto ainda deixo minha criança interior tomar as rédeas e mostrar o quanto ela é mimada.
Creio que não existe uma resposta pronta de como lidar com isso, é um exercício diário. Lá se vão vinte e nove anos alimentando certos padrões de comportamento. Sendo uma pessoa sem muito tato, por vezes sem noção e tão empolgada, dentro de seus pensamentos, que não percebia o quanto estava agindo de maneira inconveniente.
O famoso sem noção. Que eu verdadeiramente não quero ser em vários aspectos da minha vida.
Espero conseguir mudar. O incômodo interno já chegou.
Abraços!
domingo, 26 de novembro de 2017
Realidade
Dizer que levei quase 29 anos pra entender o relacionamento entre meu pai e eu pode ser um exagero, mas, hoje percebo que grande parte da minha energia mental nos últimos anos foi dedicada a lidar com essa pequena e importante parte da minha vida. Lidar não é exatamente a melhor definição, visto que na realidade, nossa relação sempre foi caracterizada por apagar incêndios quando nossas ideias divergentes se tocavam e longos vazios, períodos de meses que mal tínhamos notícias da vida um do outro.
Sempre pensei que eu aceitava meu pai exatamente como ele é e que, as coisas que esperava dele - que fosse mais presente, mais amigo - eram apenas o básico, quase que uma exigência do lugar que ele ocupa em minha vida. Agora entendo que essa papel ele nunca esteve apto a desempenhar e, honestamente, creio que ele nunca esteve e nem mesmo quis.
Essa compreensão dói um pouco, mas, tem ajudado a entender porque acabamos nos distanciando tanto depois que deixamos de viver sob o mesmo teto há quase 16 anos. Eu cresci, segui meu caminho enfrentando as dificuldades e facilidades comuns a essa vida e tenho consciência de que nem sempre optei pela direção que ele achasse mais certa ou menos perigosa. Aliás, ele não estava aqui para orientar e tudo que eu pude fazer, ironicamente, foi ir vivendo e experimentando e lidando com as consequências de minhas próprias decisões. Acreditando, lá no fundo, que estava sob seu olhar, seguindo um plano que embora não tivesse sido dito, estava implícito na educação que tinha recebido até então.
Agora entendo que ele não estava ali. Não por maldade, talvez por omissão e com certeza por incapacidade. Como dizem por aí, cada pessoa oferece apenas aquilo que tem, até onde pode e como pode. E diante disso, só posso ser grato pelo cuidado a mim dispensado quando esse cuidado era realmente necessário.
E hoje, seu maior presente de aniversário é a compreensão do valor de se viver a própria vida, seguindo o próprio caminho de cabeça erguida e com a certeza de que cada um é único com um propósito exclusivo. Claro, sem esquecer o respeito ao próximo que as vezes significa também, não caminhar junto, porque isso é respeitar seus próprios limites.
E hoje, seu maior presente de aniversário é a compreensão do valor de se viver a própria vida, seguindo o próprio caminho de cabeça erguida e com a certeza de que cada um é único com um propósito exclusivo. Claro, sem esquecer o respeito ao próximo que as vezes significa também, não caminhar junto, porque isso é respeitar seus próprios limites.
Dessa forma, hoje aceito o pai que tive e tenho nessa vida. Que cuidou e zelou quando necessário mas que torna sua própria vida um exemplo. E aceito que ele não é meu melhor amigo, que ele não me entende e que não consiga fazer parte do universo do qual eu faço parte. Agradeço, enfim, pelas raízes proporcionadas por ele quando esse foi seu papel, que são profundas e fortes o suficiente pra demonstrar já inúmeras vezes capazes de suportar qualquer tempestade que a vida ofereceu.
Afinal de contas, depois de tudo e tanta coisa, sigo forte e feliz. Vivendo meu próprio caminho.
Afinal de contas, depois de tudo e tanta coisa, sigo forte e feliz. Vivendo meu próprio caminho.
Obrigado pai!
quinta-feira, 9 de março de 2017
Sobre o tempo
Estou quase com trinta anos e adivinha? Como todo mundo, começo a perceber que o tempo passa cada dia mais depressa. Parece que foi ontem que sonhava em ter 18 anos e agora já conto os meses para os 30!
Como a vida passa rápido né? Mas, hoje recebi um email que trouxe uma reflexão importante: nosso corpo é um veículo para a alma e, essa JAMAIS envelhece. Desde que não permitamos que isso aconteça.
E isso é incrível e traz uma paz maravilhosa para uma mente inquieta como a minha que pensa, repensa e se esquenta sempre que a questão do futuro se mostra diante de mim. O que é ridículo diante de tantos exemplos maravilhosos que tive em minha vida, como minha mãe que reinventou a carreira aos 40 - deixando de ser educadora para se transformar em enfermeira -, minha avó que aprendeu a se virar sozinha sem o marido super protetor aos 60 ou um amigo querido que já recomeçou do zero pelo menos seis vezes nos últimos sete anos.
Nessas horas, vejo o quanto meu medo é infantil e ingrato, já que a vida sempre ajuda aqueles que se movimentam. E que venham os trinta, os quarenta, os setenta e, quem sabe tenho o privilégio de viver ainda mais!
O tempo, como outras coisas da vida, realmente é aquilo que fazemos dele. Então, 'bora trabalhar, não é mesmo?
Abraços!
Como a vida passa rápido né? Mas, hoje recebi um email que trouxe uma reflexão importante: nosso corpo é um veículo para a alma e, essa JAMAIS envelhece. Desde que não permitamos que isso aconteça.
E isso é incrível e traz uma paz maravilhosa para uma mente inquieta como a minha que pensa, repensa e se esquenta sempre que a questão do futuro se mostra diante de mim. O que é ridículo diante de tantos exemplos maravilhosos que tive em minha vida, como minha mãe que reinventou a carreira aos 40 - deixando de ser educadora para se transformar em enfermeira -, minha avó que aprendeu a se virar sozinha sem o marido super protetor aos 60 ou um amigo querido que já recomeçou do zero pelo menos seis vezes nos últimos sete anos.
Nessas horas, vejo o quanto meu medo é infantil e ingrato, já que a vida sempre ajuda aqueles que se movimentam. E que venham os trinta, os quarenta, os setenta e, quem sabe tenho o privilégio de viver ainda mais!
O tempo, como outras coisas da vida, realmente é aquilo que fazemos dele. Então, 'bora trabalhar, não é mesmo?
Abraços!
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Pequeno desabafo
Algumas coisas mexem com nosso interior de forma completamente inesperada. E uma dessas coisas que têm me tocado nos últimos tempos - novamente - é a questão familiar.
Especificamente, a participação de meus pais na minha vida, no meu cotidiano. Especialmente agora que estou num relacionamento mais sério e que, muito em breve, deve desenrolar-se em casamento, o contato com a família do meu namorado mostrou, ou melhor, escancarou, o quanto meus próprios pais são ausentes da minha vida mais corriqueira.
E isso, infelizmente, doeu muito. Porque era uma ausência já percebida mas o contrário, o afeto e o carinho de quem realmente se importa, eram completamente desconhecidos. E agora, que praticamente me tornei o terceiro filho de meus sogros, essa falta tem crescido cada dia mais dentro de mim.
E o mais complicado é que essa percepção, desse vazio, tem crescido em sentidos inesperados, como por exemplo, a dificuldade de me entender - de fato - como membro dessa nova família. No fundo, me sinto como um estranho, embora não seja.
Nesse caso, espero que o retorno à terapia ajude!
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Natal!
A festa cristã que rememora o nascimento do tão aguardado Menino, que trouxe de volta ao mundo à chama do amor de nosso Pai Eterno!
Renovação, renascimento, recomeço, gratidão... algumas palavras que exprimem essa data tão simbólica. É tempo de pensar e relembrar tudo de bom que nos aconteceu no ano que dá seus últimos suspiros e ligar a FÉ em letras maiúsculas mesmo, para que não nos falte no próximo ano que se mostra ao mesmo tempo complicado e promissor!
Bora renovar nossas crenças, acreditar em um verdadeiro recomeço! Renovas as forças e nos preparar para os novos desafios! E crer que o Menino tão aguardado, além de exemplo máximo ao nosso estágio de evolução, está vivo dentro de nós mandando sua Luz de Amor para nos auxiliar no caminho de crescimento!
A caminhada é árdua! Mas, o convite ao trabalho e ao crescimento, diante de um novo ano em branco, como possibilidade Divina, está aí para todos nós que cremos!
E podemos!
Feliz Natal!
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Há tanto tempo
Há tanto tempo que não apareço por aqui. É que a vida tá tão corrida que nem tempo de me conectar com esse lado tão importante da minha personalidade estou conseguindo. Meta para o próximo ano: retomar a escrita que me faz sempre tão bem!
E tem tanta coisa boa rolando, A vida que por tanto tempo esteve parada começou a caminhar, a carreira segue em frente - enfim me inscrevi para o processo seletivo da pós e comecei a lecionar - e o coração nunca esteve tão bem e em paz! A vida realmente segue seu curso...
É incrível falar daqui com tanta coisa acontecendo e pensar o quanto a inércia me preocupava alguns meses atrás. É aquela velha história de que há um tempo determinado para todas as coisas, mesmo que não seja fácil para meu espírito paciente impaciente, perceber meu próprio ritmo que não é necessariamente o ritmo do coleguinha!
AHH! Também estou em processo de re-conexão com minha espiritualidade! E isso tem sido incrível, é toda uma dimensão do meu ser que estava dormente e que sempre foi muito importante. É muito importante, né? Ainda mais com tantas bençãos em minha vida!
Bem é isso, até qualquer hora!
Abraços!
E tem tanta coisa boa rolando, A vida que por tanto tempo esteve parada começou a caminhar, a carreira segue em frente - enfim me inscrevi para o processo seletivo da pós e comecei a lecionar - e o coração nunca esteve tão bem e em paz! A vida realmente segue seu curso...
É incrível falar daqui com tanta coisa acontecendo e pensar o quanto a inércia me preocupava alguns meses atrás. É aquela velha história de que há um tempo determinado para todas as coisas, mesmo que não seja fácil para meu espírito paciente impaciente, perceber meu próprio ritmo que não é necessariamente o ritmo do coleguinha!
AHH! Também estou em processo de re-conexão com minha espiritualidade! E isso tem sido incrível, é toda uma dimensão do meu ser que estava dormente e que sempre foi muito importante. É muito importante, né? Ainda mais com tantas bençãos em minha vida!
Bem é isso, até qualquer hora!
Abraços!
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Despedidas
Hoje, caminhando para o trabalho me despedi novamente de você. Não sei porque meu pensamento te alcançou novamente, mas, dessa vez não senti mais aquela dorzinha discreta que teimava em aparecer as vezes.
Foi uma despedida. Despedida de tudo aquilo de ruim que, humanamente, ainda carregava em meu peito mesmo depois de tanto tempo de nosso último contato. Foi o adeus definitivo com sabor de gratidão por tudo de bom que aprendemos um com o outro.
Talvez, nem seja mesmo aprendizado, pode ser apenas a compreensão de que aquilo que passou não volta atrás, que tem tomado conta de meu coração nos últimos dias, provocada pela desejo célere e incomum de dar alguns passos adiante.
É um perdão mútuo, para tudo aquilo que eu deveria ter sido ao seu lado e ao mesmo tempo, a superação do abandono. A gratidão por ter mostrado tudo aquilo de bom que cabia aqui dentro, apesar de tudo.
Assim, adeus. Foi bom ter te encontrado por breves instantes. As memórias ficarão guardadas com carinho, com a certeza de que numa próxima, talvez, possamos ter ao menos uma amizade sincera.
Grato por tudo.
Foi uma despedida. Despedida de tudo aquilo de ruim que, humanamente, ainda carregava em meu peito mesmo depois de tanto tempo de nosso último contato. Foi o adeus definitivo com sabor de gratidão por tudo de bom que aprendemos um com o outro.
Talvez, nem seja mesmo aprendizado, pode ser apenas a compreensão de que aquilo que passou não volta atrás, que tem tomado conta de meu coração nos últimos dias, provocada pela desejo célere e incomum de dar alguns passos adiante.
É um perdão mútuo, para tudo aquilo que eu deveria ter sido ao seu lado e ao mesmo tempo, a superação do abandono. A gratidão por ter mostrado tudo aquilo de bom que cabia aqui dentro, apesar de tudo.
Assim, adeus. Foi bom ter te encontrado por breves instantes. As memórias ficarão guardadas com carinho, com a certeza de que numa próxima, talvez, possamos ter ao menos uma amizade sincera.
Grato por tudo.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Perdão!
Que viver é uma dádiva divina e uma possibilidade de crescimento, ninguém dúvida. Cada dia que passo nesta terra aprendo mais um pouquinho ou pelo menos, tento aprender com todas situações que a vida oferece.
Mês passado foi aniversário de um de meus grandes amigos e para celebrar a data entrei em contato com todos os amigos em comum para pensarmos juntos qual seria o melhor modo de comemorar. Infelizmente, a organização do evento acabou revelando algumas mágoas que eu não sabia que existiam e mostrou pra mim mais uma vez como eu já fui irresponsável com os sentimentos dos outros.
Explico: um desses amigos foi um ex-peguete que, sem saber, acabei magoando num final de ano há algum tempo. Consequência, o bonito me excluiu completamente do aniversário e levou com ele todos os outros "amigos" em comum. Coloco aspas não no sentido de que eram falsos amigos mas sim, por considerar uma boa convivência, um coleguismo.
Agora, esse fim de semana, o tal do ex-peguete acabou indo morar com esse amigo pra dividir despesas e me peguei diante de um sentimento que nunca havia encarado de frente: a mágoa. Mesmo sabendo que foi bobeira a situação e que ele não fez nada de tão grave assim, o sentimento de exclusão sempre foi meu calcanhar de Aquiles, então toda a situação do aniversário me machucou. E me vi sendo privado de ir na casa de um dos meus melhores amigos por causa de toda essa situação.
Daí eu parei pra pensar e percebi que minha mania de falsa Poliana se esvaiu por completo, uma vez que eu em outros tempos agiria como se nada tivesse acontecido. Seguindo em meu raciocínio percebi que de fato não foi uma situação tão grave mas, de qualquer maneira, que preciso encarar de frente o sentimento ruim que me causou e o desconforto em relacão a esse rapaz.
E percebi que apesar disso tudo, não quero carregar isso em meu coração, porque realmente acredito que tenha errado com ele no passado - o que torna a atitude dele no aniversário de meu amigo consequência, logo, eu mereci - e que gostaria sim, com o tempo de recuperar a amizade com ele, senão, a boa convivência se conseguirmos nos perdoar por nossas atitudes impensadas...
Mês passado foi aniversário de um de meus grandes amigos e para celebrar a data entrei em contato com todos os amigos em comum para pensarmos juntos qual seria o melhor modo de comemorar. Infelizmente, a organização do evento acabou revelando algumas mágoas que eu não sabia que existiam e mostrou pra mim mais uma vez como eu já fui irresponsável com os sentimentos dos outros.
Explico: um desses amigos foi um ex-peguete que, sem saber, acabei magoando num final de ano há algum tempo. Consequência, o bonito me excluiu completamente do aniversário e levou com ele todos os outros "amigos" em comum. Coloco aspas não no sentido de que eram falsos amigos mas sim, por considerar uma boa convivência, um coleguismo.
Agora, esse fim de semana, o tal do ex-peguete acabou indo morar com esse amigo pra dividir despesas e me peguei diante de um sentimento que nunca havia encarado de frente: a mágoa. Mesmo sabendo que foi bobeira a situação e que ele não fez nada de tão grave assim, o sentimento de exclusão sempre foi meu calcanhar de Aquiles, então toda a situação do aniversário me machucou. E me vi sendo privado de ir na casa de um dos meus melhores amigos por causa de toda essa situação.
Daí eu parei pra pensar e percebi que minha mania de falsa Poliana se esvaiu por completo, uma vez que eu em outros tempos agiria como se nada tivesse acontecido. Seguindo em meu raciocínio percebi que de fato não foi uma situação tão grave mas, de qualquer maneira, que preciso encarar de frente o sentimento ruim que me causou e o desconforto em relacão a esse rapaz.
E percebi que apesar disso tudo, não quero carregar isso em meu coração, porque realmente acredito que tenha errado com ele no passado - o que torna a atitude dele no aniversário de meu amigo consequência, logo, eu mereci - e que gostaria sim, com o tempo de recuperar a amizade com ele, senão, a boa convivência se conseguirmos nos perdoar por nossas atitudes impensadas...
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