terça-feira, 31 de março de 2015

Mais amor por favor

Desde muito pequeno, me contam, uma das minhas características marcantes era o altruísmo. Carinha de bom moço, bom ouvinte, paciente. Não é que não seja. Mas, estou cansado!

Não cansado de ser de bem, isso faz parte de mim, que fique claro. Mas, de nesse processo ir acumulando as dores, as dúvidas, as dificuldades do outro, sem conseguir de alguma forma filtrar ou dissipar. E essa carga pesa as vezes.

Por que é tão difícil receber amor? Precisava só de um pouquinho assim, ó! Uma chance de falar um pouquinho. Descansar a cabeça em um colo receptivo e poder chorar ou apenas ficar em silêncio observando o céu.

Tenho medo dessa barragem se romper... É muita lágrima acumulada.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Tanta coisa ou novos rumos?

Coragem nunca foi meu forte. Tudo bem que foquei muito em me aceitar homossexual e em lidar com minha família em relação a isso. Mas, corajoso em outros aspectos, como o profissional, nunca fui exatamente.

Nesse momento, poderia escrever mais um longo capítulo do martírio amoroso que vivi nos últimos tempos, com a repetição do padrão e o retorno dos que já deviam ter ido a muito tempo, porém, escolhi agir de forma diferente desta vez.

Primeiro, não nasci pra arrastar corrente. Segundo, não sou objeto sexual que as pessoas usam, lavam e guardam na caixinha. Terceiro, eu quero muito mais da minha vida!

E, por tudo isso - e também, graças ao Projeto Vida Nova em 2015 - resolvi mudar de cidade. É a decisão mais corajosa que já tomei em minha vida e espero, me ajude a perder o medo de arriscar! Vou embora pra São Paulo! Eu e Deus!

E seja o que Ele quiser!

sexta-feira, 27 de março de 2015

A homofobia nossa de cada dia

Em tempos de alvoroço na internet por causa das críticas ao trabalho de Fernanda Montenegro e Nathália Timberg (Não sei se é assim que escreve, mas, vamos lá) eu me deparo com situações tão dolorosas quanto os absurdos das redes sociais e dos fundamentalistas religiosos.

Hoje, no grupo da família no whatsapp brincando com minhas primas, recebi de minha cunhada o pedido de um sobrinho. Nada mais natural, uma vez que eu mesmo venho pedindo a ela desde o casamento que quero ser tio logo... Pra minha infelicidade, minha mãe entrou logo depois no grupo e deu uma alfinetada de leve. Não que seja alguma novidade pra mim esse tipo de atitude vindo dela, o que só torna as coisas piores.

Será que o fato de eu constituir uma família com outro homem desqualifica o amor, o cuidado, o carinho e a educação que eventualmente poderia dar a uma criança? E o que é pior, ela não confia na educação que me deu? No fundo sei que não é isso, é a velha e hipócrita preocupação com o que os outros vão falar.... Quando na verdade, ninguém diz nada!

É muito triste isso. Ainda mais por saber que eu sou, de minha geração, o que tem melhor formação escolar e universitária. Funcionário público e dos netos, sempre o mais amoroso e educado.

Que venham mais Teresas! Que haja beijo gay e até grego! E a família tradicional que é capaz de fazer isso com seus filhos: que se dissolva. Se é que alguém ainda vive em família de margarina!

E ainda me perguntam porque faço terapia. Posso?

segunda-feira, 23 de março de 2015

Fim de semana especial

Hoje estou moído após cumprir com uma das metas do meu Projeto Vida Nova em 2015: passei o fim de semana em São Paulo com amigos, para assistir o maravilhoso show no Ibirapuera das cantoras Céu, Zaz e Tulipa Ruiz... Foi incrível!

Primeiro porque saí bastante do mundo virtual, com poucas incursões para dar notícias à família e postar fotos, quase o fim de semana todo longe da net. Foi muito bom colocar a cabeça no lugar longe da telinha brilhante.

O show foi maravilhoso! Indescritível a sensualidade da cantora Céu no palco, chamando todos a cantar junto e dançar malemolente. Uma energia incrível!

Durante a apresentação da Tulipa me perdi de minhas amigas, então, nem a ouvi direito. Mas ela mandou bem.

Agora, a estrela internacional da noite foi fantástica: que energia, que voz, que tudo! Amei ver Zaz ao vivo! Pular e cantar junto mesmo com uma mochila com 15 kg nas costas e com pancadinhas de chuva!

E me sentir jovem. É engraçado dizer isso do alto dos meus 26 anos... Mas fico tão preso à rotina que esqueço que além de construir um futuro, preciso viver!

E me sentir vivo era necessário!

Uma meta em andamento!

Cangote

A muito tempo não pensava sobre isso: sensualidade... E isso é engraçado porque até um tempo atrás eu não tinha nem um tipo definido pra chamar de meu. Acho que agora eu tenho.

E a fonte dessa descoberta não podia ser outra além da música. Já gostava da batida, mas, depois de ouvir a Céu cantar ao vivo no Ibirapuera esta se tornou uma das canções da minha vida...

E afinal, o que é ser sexy? Ah menino bonito, pode ser o olhar... Pode ser o beijo. Ou aquele jeito de se encolher todo quando minha barba encontra seu cangote.

Pode (e deve!) ser a inteligência, de preferência com agilidade: rir de memes e pronunciar corretamente o nome de filósofos.

Ah é tanta coisa! E o melhor é reafirmar que nada como uma boa viagem para recomeçar!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Egoísmo ou amor próprio?

A diferença entre esses dois é tênue: de um lado o conjunto de decisões que precisamos tomar e de outro, as expectativas alheias. Claro que querer agradar todo mundo é impossível, não sou inocente de achar que seria capaz. Mas, deixar a imagem de bonzinho no passado é complicado. Fui criado para ser bonzinho: o neto bom, o filho bom, o aluno bom.

Mas sabe? Minha angústia é no sentido que no fundo eu sei, se agir de forma mais drástica, posso ser ótimo! Eu sei que tenho muito a fazer de minha vida ainda e essa rotina atual só me sufoca! Não nasci pra viver da casa pro trabalho e vice-versa. Até porque se meu destino fosse esse, não teria os dons que tenho para o desenho e outras habilidades manuais. Não é arrogância.

É que tenho um oceano de possibilidades, de ideias, criações, inundando meu ser. E acredito que seria bom não apenas pra mim, se isso transbordasse por minhas mãos para o mundo! Preciso de beleza! Preciso fazer e ser!

E, enquanto não cortar o cordão umbilical isso não será possível!

É chegada a hora!

quinta-feira, 19 de março de 2015

Projeto Vida Nova em 2015

Como está dia mais claro em minhas postagens, estou cansado da rotina que venho enfrentando nos últimos anos. Sim, anos! Por isso, resolvi algumas questões que preciso colocar em prática até dezembro de 2015, que são elas:

1 - Fazer alguns cursos pendentes (Informática, inglês, corte e costura, modelagem e dar mais valor ao francês)

2 - Ganhar mais (Distribuir currículos para colégios particulares ou tentar uma promoção - essa é difícil, mas vai que?)

3 - Escrever um projeto digno de mestrado!

4 - Amar de forma mais leve e descomplicada - se quer, bem! Se não quer, NEEEEXT!

5 - Mais diversão no mundo real! (Não estou te abandonando Netflix, seu lindo!)

6 - Pensar menos e agir mais! Podia começar não fazendo listas né?

7 - Mudar de cidade!


Esses itens resumem o projeto Vida Nova em 2015!


E lá vamos nós!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Resoluções e novos rumos

Comecei esse ano um pouco perdido em relação aos meus objetivos e caminhos para esse ano e para os próximos. Cheguei numa idade que eu acredito o planejamento deve ser mais a longo prazo para que as metas sejam alcançadas de forma efetiva e eu possa dar realizar alguns sonhos.

No fim, a dificuldade era muito mais em relação a questões pendentes no âmbito emocional. Por isso, retornei à terapia e tenho certeza que tudo vai se ajeitando ao longo desse ano.

Mas, para a terapia ser efetiva e eu conseguir caminhar (na verdade, preciso correr! ) eu precisava deixar alguns pesos para trás. O maior deles era o amor, ou o fim dele, em relação a meu último namorado. Nunca pensei que seria tão difícil desvincular de alguém como foi dele. Quem acompanha o blog viu como essa história foi turbulenta e desgastante e que já era tempo de deixar no passado.

O resultado? Preciso aprender a me valorizar mais e atentar para quem se preocupa comigo e faz questão de estar ao meu lado. Não preciso mendigar atenção de ninguém, ainda mais quando a pessoa não dava mais a mínima para mim a tempos.

O que aprendi com isso? Que a gente precisa se responsabilizar mais pelo que nosso coração sente. E que se ele judiou, humilhou e desrespeitou tanto o sentimento bonito que eu nutria por ele foi pura e simplesmente porque eu permiti. Então, resolução 1: Acabou!

Também, nesse fim de semana o sol começou aparecer por trás das nuvens em relação a relação com meu pai... Sei que precisaremos de muita paciência e que não será fácil, mas, pelo menos agora eu conto com a vontade dele de resolver tudo entre nós. O filho gay está começando a brotar no coraçãozinho dele e tenho fé que um dia (ou logo) ele vai aprender me respeitar integralmente.

E essas duas resoluções tem me nutrido com uma força tremenda. Agora mais do que nunca sinto a necessidade de seguir em frente e de conseguir novas vitórias. O que tinha em mente era o mestrado, como norte para as realizações desse ano. Agora, creio que novas ideias tem surgido e podem tomar seu lugar.

Aguardemos os próximos capítulos!

XOXO

quarta-feira, 4 de março de 2015

Encontros e despedidas

Entendo que a vida seja pautada por esse ciclo de encontros e despedidas. Pessoas que se afastam sem que possamos perceber e outras que chegam de mansinho e ocupam quase que todo o espaço. Algumas, são tão especiais que por mais que já tenham deixado esse plano, continuam conosco. Outras, quando são lembradas, são por momentos, uma fotografia ou uma história qualquer. Qual é o nome mesmo daquela pessoa que sentava ao seu lado no colégio?

Dos que ficam, os amores são os mais marcantes: namorados, pai e mãe, os avós, irmãos, tios... Possivelmente os mais chegados.

Namorados são interessantes: vem e vão. O primeiro jamais é esquecido. No meu caso, tenho um blog inteiro que contempla toda a história, da paixão fulminante ao profundo desespero do fim. Porque sou desses intensos que poderiam escrever cartas e provável, sucumbi ao amor no período romântico.

Não queria fazer deste espaço um painel desse tipo novamente. Meu propósito aqui foi dividir pensamentos e experiências variadas, inclusive meu gosto por música e moda. Mas, as vezes, os pensamentos são tão pesados, a dor é tão profunda e a intensidade fala tão alto que é necessário escrever. Ou escrevo ou enlouqueço, completamente.

E sim, preciso confessar que agora dói. Saber que o amor seguiu seu curso e seu coração está nas mãos de outro doeu. Dói. Vai doer por alguns dias.

Você pode dizer que foi uma escolha minha e completamente minha. De certa forma foi. E sei que foi o melhor.

É que pra mim ainda não acabou. Você ainda vive aqui.

Espero que deixe a casa em ordem ao sair.

E não se esqueça que esse "adeus" vale como um "até nunca mais nesta vida".

Porque esse é o fim.

terça-feira, 3 de março de 2015

Não sou assombração!

É sério! Estou cansado de ficar arrastando corrente! Tanta coisa que fica rondando minha mente enquanto fico cada dia mais paralisado que não sei mais o que fazer.

Na verdade sei. Preciso ser mais grato! Sim, grato. Agradecer que mesmo não superado totalmente o relacionamento passado, aprendi muito. Mesmo não tendo o pai que desejava, ele cumpriu seu papel pela maior parte da minha vida. Ser grato pela vida afinal.

Não é negar as dores e sofrimentos. A vida não é perfeita e no fim, estamos aqui para aprender certo?

Assim, o jeito é limpar o coração, colocar a mochila com as coisas boas nas costas e seguir viagem!

Quem sabe o que o hoje nos reserva? Parado não tem como descobrir!