sexta-feira, 27 de março de 2015

A homofobia nossa de cada dia

Em tempos de alvoroço na internet por causa das críticas ao trabalho de Fernanda Montenegro e Nathália Timberg (Não sei se é assim que escreve, mas, vamos lá) eu me deparo com situações tão dolorosas quanto os absurdos das redes sociais e dos fundamentalistas religiosos.

Hoje, no grupo da família no whatsapp brincando com minhas primas, recebi de minha cunhada o pedido de um sobrinho. Nada mais natural, uma vez que eu mesmo venho pedindo a ela desde o casamento que quero ser tio logo... Pra minha infelicidade, minha mãe entrou logo depois no grupo e deu uma alfinetada de leve. Não que seja alguma novidade pra mim esse tipo de atitude vindo dela, o que só torna as coisas piores.

Será que o fato de eu constituir uma família com outro homem desqualifica o amor, o cuidado, o carinho e a educação que eventualmente poderia dar a uma criança? E o que é pior, ela não confia na educação que me deu? No fundo sei que não é isso, é a velha e hipócrita preocupação com o que os outros vão falar.... Quando na verdade, ninguém diz nada!

É muito triste isso. Ainda mais por saber que eu sou, de minha geração, o que tem melhor formação escolar e universitária. Funcionário público e dos netos, sempre o mais amoroso e educado.

Que venham mais Teresas! Que haja beijo gay e até grego! E a família tradicional que é capaz de fazer isso com seus filhos: que se dissolva. Se é que alguém ainda vive em família de margarina!

E ainda me perguntam porque faço terapia. Posso?

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