quinta-feira, 2 de abril de 2015

Sobre a vida

A vida tem me dado uns empurrões interessantes: no começo do ano o susto com a possibilidade de ter uma doença incurável, agora, a quase certeza de ter um problema sério de visão. Se ano passado foi um ano de passagem e correria, ao mesmo tempo de profunda reflexão, esse ano parece ter vindo para rompimentos bruscos e muita luta.

Mas o coraçãozinho já anda tão combalido. É tanta coisa pra lidar que já nem sei onde termina meu sentimento e onde começa o do mundo. Tanta coisa fora do lugar, que meu mundo interno parece de cabeça para baixo.

Tem muita coisa boa, eu sei. Seria um ingrato se não reconhecesse tudo de bom que eu tive e tenho em minha vida. Mas, tou me sentindo limitado. Preso. Acorrentado a essa realidade que só troca de número, de clima, de luminosidade. Em movimentação constante e ao mesmo tempo estática.

Preciso colocar meu infinito pra fora e mudar as cores dessa realidade. Preciso voar e viver. Conhecer outras coisas, sabores, imagens e pessoas. Correr o mundo a pé, de bicicleta com a mochila nas costas. Tudo me é tão pesado e minha alma efêmera. Não posso continuar acorrentado.

Tenho que ensinar a esse corpo que ele me pertence e deve obedecer! Já não basta mais viver de planos, projetos frustrados, viagens internas e sonhos. Preciso realizar. Tem que ser agora!

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