Pensamos em nos dar uma nova chance. Depois de uma longa conversa que durou apenas seis horas - ininterruptamente - concluímos que temos muito em comum, o papo flui bem, cada dia temos mais tesão um pelo outro e, sim, existe um enorme carinho.
E nesse assunto, levantamos questões que nos levaram ao fim desde a primeira vez: insegurança, falta de paciência, carência, chiliques, egoísmo. Resumindo assim não dá pra entender. Eu explico: ao contrário do que ficou parecendo à época, não te deixei pra ser um aluno melhor ou por não te amar mais.
Muito pelo contrário, quando estava com você tirei as melhores notas da faculdade. O motivo de ter tomado a drástica decisão de te deixar foi porque eu não aguentava mais algumas atitudes imaturas suas. Não sei se você se lembra, mas, brigávamos sempre que tocávamos nos assuntos: viagens acadêmicas, meus amigos, sair de casa.
As viagens faziam parte de minha formação, acho que esse ponto já foi superado. Uma pena que em algumas delas, tenha passado a maior parte do tempo discutindo em mensagens de texto com você. Acho isso muito engraçado agora, embora, na realidade, seja triste. Mal me lembro da cidade de Ouro Preto, por exemplo.
Quanto ao fato de sair de casa, sei agora que era uma insegurança que eu tinha. Medo na verdade. De nós dois não darmos certo e eu não ter pra onde voltar e ter que me virar sozinho. Pense comigo: se eu saísse de casa antes, pra morar com amigos, seria muito menos traumático para minha família que até então não sabia de minha orientação - e na época, eu pensava que saberiam dessa forma: quando me casasse com você -. Como sou teimoso, mesmo meio nonsense, insistia nessa ideia. Como você sabe, nada disso aconteceu e acabei me assumindo de outra forma.
Por último, e a única questão ainda complicada pra mim é em relação aos meus amigos. Sei que eles tem algumas atitudes que você não concorda, mas, por outro lado, SEMPRE estiveram ao meu lado e eu sei o esforço que cada um deles tem feito para amadurecer e tomar responsabilidade sobre suas respectivas vidas. E nunca, vou deixá-los ou excluí-los de minha vida. E quero que frequentem minha casa, seja ela só minha ou nossa. Da mesma forma que vou querer que os seus participem de nossa vida em comum, caso realmente aconteça.
Superados esses pontos, sempre acreditei que você fosse o homem da minha vida: não é perfeito, pode não ser o marido que meus amigos desejam pra mim, mas, você sabe que o amo. Espero que essa nova chance seja definitiva e que consigamos ser felizes juntos, construindo novos degraus em nossa história.
Seja o que Deus quiser!
Sempre há um recomeço.
ResponderExcluirAbraços!