E novamente nossos caminhos se cruzaram. Talvez se afastem definitivamente desta vez, ou não. Toda vez que te encontro, acabo olhando para dentro de mim. Isso é engraçado, já que nossos mapas astrais dizem exatamente isso, que funcionamos como espelhos um do outro.
Sei que te amo. Muito. Mas, talvez esse sentimento já esteja se tornando algo como uma lembrança boa. A recordação de momentos incríveis que ficaram no passado. O carinho pelo tanto que crescemos ao lado um do outro.
Escrevo agora, porque acabei chegando a conclusão de que em nossa última conversa não fui justo com você. As cores que usei não foram criadas por você e minha crise é por causa de uma esquina, e não por tudo aquilo que vejo no retrovisor.
Partir, seguir em frente. Tentar superar. Se você ver os posts anteriores vai ver que tenho vivido um intenso processo de transformação interna e o exercício diário de curar a dor da rejeição com o amor mais puro que tenho dentro de mim.
E te ver partir dói. Não que você tenha voltado, mas, por ser mais uma pessoa amada que eu vejo seguir outro caminho, enquanto por diversas circunstâncias me sinto preso ao chão ao mesmo tempo que totalmente descolado dessa realidade.
Talvez, minha mente já tenha voado e esteja nas ruas que visitei, na arte, na criação, em todos os talentos que me foram confiados e que estão sufocados por essa rotina que se apresenta. Talvez, só esteja cansado de novamente exercer o papel de pára-raio.
Mas, o que seria do amor se não fosse capaz de ajudar o outro carregar sua dor.
Enfim, quero que entenda que sei que não fui justo. Mas é que, sofrer por você é mais fácil do que encarar a realidade que se apresenta. É um sofrimento conhecido, sabe como?
No entanto, já cheguei num ponto que não posso fugir da realidade dessa forma, já que não é justa nem com você nem comigo. Vou ter que pegar esse touro pelo chifre e encontrar dentro de mim a resposta que tanto procuro.
E seguir por esse caminho que está cada dia mais aberto à minha frente...
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