quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O fim - Eternamente responsável parte V

O fim era algo impensável, se me perguntasse. Era o homem da minha vida. Soube disso desde a primeira vez que o vi sorrir. Talvez por ter essa ideia tão certa em minha mente, só agora, dois anos após o fim oficial podemos sentir que acabou.

Nada mais ficou daquilo de bom que havia. O encantamento se tornou estranhamento, a intimidade se transformou num mapa mal feito para lugar nenhum e o amor que nos transformava em príncipes, desapareceu por completo.

Não sei quando. Mas, talvez saiba o motivo. Nada muito sério. E isso me entristece. Novamente, fomos pegos pela humanidade e a maçã proibida, consumida. Era amor demais, definitivamente, não era para nós.

Não nesse tempo, com essas condições e com a experiência que trazíamos. Talvez esse amor que sentíamos era algo para daqui uns 50 anos, quando já teremos mais sabedoria e poderemos saber como driblar as barreiras do dia-a-dia e cuidar dessa criaturinha tão frágil e bela que é o amor.

Posso dizer que de minha parte valeu a pena. Não só por ter sido uma história muito bela de se viver, mas, especialmente, porque ela nos fez grandes. Tenho muito orgulho de quem nos tornamos. Não que eu concorde com todas as suas decisões e você com as minhas, longe disso.

Mas, creio que nós dois evoluímos. Amar e ser correspondido é algo muito bonito e absolutamente transformador. E uma responsabilidade imensa também. Talvez a missão fosse essa, nos preparar para o que virá. 

Ou talvez eu seja otimista demais e veja amor, onde para você foi apenas paixão. Ou talvez pense assim por, lá no fundinho do peito, não aceitar de bom grado o fim, de algo que deveria ser eterno.

Ao menos, crescemos. Eu cresci. Seu amor me fez forte e fez ver o valor que eu relutava em perceber. Soube que não precisava ser qualquer um quando posso ser um príncipe! E que minha força está justamente em aceitar as fragilidades e nunca, nunca, deixar de ver a vida como uma criança. Lado esse que era maravilhoso acessar com você!

Mas, foi assim. Vivemos, trocamos, crescemos.

Quem sabe o que o futuro nos reserva, né?

E que venham novas lições, novos amores, novo crescimento!

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