sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mitologia

Como vocês sabem, sou um projeto de Historiador e uma das minhas paixões é a História Antiga, especificamente o caso da Grécia. 
Ontem, conversando com uma pessoa querida, recebi um videozito (que vai no fim do post) que me lembrou o mito de Orfeu e Eurídice, um dos mitos mais românticos que tenho conhecimento. Como ele ainda não o conhecia, eu lhe contei o mito da seguinte forma:
"Orfeu era um exímio músico que contava com a adimiração de todo seu povo. Dizia-se à época que ele aprendera as artes da música com o próprio deus Apolo. 
Em uma de suas incríveis apresentações, encantou uma bela ninfa chamada Eurídice a quem passou a amar perdidamente. Inspirado pelo amor, até as pedras se moviam, bem como as árvores, para ouvir o som de seu instrumento.
Correspondido pela jovem, passou a viver intensamente aquele sentimento e seguia cada dia mais inspirado em sua arte.
Porém, como os deuses do Olimpo eram dados aos defeitos mortais, invejaram aquele sentimento tão belo e colocaram a tragédia no caminho do amoroso casal.
Embalada pela divinal melodia que saía do instrumento de seu amado, Eurídice saiu em uma tarde de sol e temperaturas amenas, dançando pelo bosque. Seus pés mal tocavam a fresca relva, tamanho era seu encantamento por aquele maravilhoso som e não percebeu uma víbora escondida sob o verdejante tapete.
A picada foi fatal. 
Desesperado, Orfeu nem teve tempo de se despedir de sua esposa, tal a potência do veneno. E as notas que soavam de sua líra tão alegres instantes atrás, realizou o serviço fúnebre do cortejo da jovem.
Desolado sem sua maior fonte de inspiração, Orfeu passou a andar sem rumo pelos bosques da região. Sua presença era notada apenas pelo soar distante da mais triste canção executada sob a face da Terra. 
Então, os mesmos deuses que invejaram-no, se compadeceram dele, abrindo no caminho de Orfeu os portões do mundo inferior, reino de Hades.
Desiludido da vida, ele resolveu entrar no desconhecido caminho do destino do homem e lutar por sua amada, ou juntar-se a ela na terra do esquecimento.
Tocando sua líra convenceu Caronte a realizar sua travessia e amanssou as três cabeças raivosas de Cérberos, que guardava o palácio funesto do deus do mundo inferior.
Ainda cantando, suplicou aos sombrios senhores que lhe devolvessem sua amada. Tal era seu dom que fez com que Perséfone se compadecesse de seu pedido e intercedesse junto a Hades por seu pedido.
Assim, após a execução de uma nova peça, Hades concordou em deixar Eurídice ir, desde que não olhassem sequer uma vez para trás. 
Então, confiantes seguiram o caminho de volta, até o mundo dos vivos. Porém, aguniado sem a certeza que sua amada, então reduzida a uma mera sombra do que fora, o acompanhava, caiu em tentação e olhou para trás...
Antes de seus olhos se anuviarem em lágrimas, conseguiu ver o triste adeus de sua idolatrada esposa.
Enlouquecido, voltou aos bosques, onde se recusava agora a cantar.
Um grupo de mulheres que cruzou por acaso com ele, reconhecendo-o, tentaram em vão que ele tocasse e, não acostumadas a serem contrariadas, se enfureceram e o esquartejaram...
Apiedados com tamanha crueldade, os deuses olímpicos o transformaram em uma constelação, onde eternamente brilha nas noites claras de primavera ao lado de sua amada..."

Até então não havia me dado conta o quanto é lindo esse mito...



Bjinhos!

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