quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O fim - Eternamente responsável parte V

O fim era algo impensável, se me perguntasse. Era o homem da minha vida. Soube disso desde a primeira vez que o vi sorrir. Talvez por ter essa ideia tão certa em minha mente, só agora, dois anos após o fim oficial podemos sentir que acabou.

Nada mais ficou daquilo de bom que havia. O encantamento se tornou estranhamento, a intimidade se transformou num mapa mal feito para lugar nenhum e o amor que nos transformava em príncipes, desapareceu por completo.

Não sei quando. Mas, talvez saiba o motivo. Nada muito sério. E isso me entristece. Novamente, fomos pegos pela humanidade e a maçã proibida, consumida. Era amor demais, definitivamente, não era para nós.

Não nesse tempo, com essas condições e com a experiência que trazíamos. Talvez esse amor que sentíamos era algo para daqui uns 50 anos, quando já teremos mais sabedoria e poderemos saber como driblar as barreiras do dia-a-dia e cuidar dessa criaturinha tão frágil e bela que é o amor.

Posso dizer que de minha parte valeu a pena. Não só por ter sido uma história muito bela de se viver, mas, especialmente, porque ela nos fez grandes. Tenho muito orgulho de quem nos tornamos. Não que eu concorde com todas as suas decisões e você com as minhas, longe disso.

Mas, creio que nós dois evoluímos. Amar e ser correspondido é algo muito bonito e absolutamente transformador. E uma responsabilidade imensa também. Talvez a missão fosse essa, nos preparar para o que virá. 

Ou talvez eu seja otimista demais e veja amor, onde para você foi apenas paixão. Ou talvez pense assim por, lá no fundinho do peito, não aceitar de bom grado o fim, de algo que deveria ser eterno.

Ao menos, crescemos. Eu cresci. Seu amor me fez forte e fez ver o valor que eu relutava em perceber. Soube que não precisava ser qualquer um quando posso ser um príncipe! E que minha força está justamente em aceitar as fragilidades e nunca, nunca, deixar de ver a vida como uma criança. Lado esse que era maravilhoso acessar com você!

Mas, foi assim. Vivemos, trocamos, crescemos.

Quem sabe o que o futuro nos reserva, né?

E que venham novas lições, novos amores, novo crescimento!

Conflito - Eternamente responsável parte IV

Como não poderia deixar de ser, quanto maior o reconhecimento, maior o atrito. Quando penso nisso, acredito em cada ponto da frase que diz que o ser humano carrega dentro de si o inferno e o céu. Essa história é assim.

Sublime. Perfeito. Um encontro raro de se ver. Tão raro e tão belo que foi confirmado em sonhos que era apenas alguns momentos a mais de um amor de outra época, outra realidade.

Mas, somos humanos. E a cada dia, parece que colocamos sobre nós os tijolinhos da rotina, do cansaço, do ciúme, do desrespeito. E uma história de amor que poderia ser eterna, começou sozinha arquitetar por seu fim.

Foi um encontro de fogo. Leão e sagitário, a impaciência com a falta de vontade de esperar. A ordem com a petulância. Momentos diferentes. Você sempre dois passos à frente.

Porém, de outro lado, os caminhos que trilhei mostraram que eu estava mais perto de mim, mais em sintonia comigo mesmo. Talvez por isso, fosse mais sereno e menos encanado. Sabia que o amor não era fácil, que poderia doer e ser lindo.

Ao mesmo tempo, sua companhia que me fazia sentir único, parecia marcação ferrenha quando precisava me ausentar. O ciúme, tão fofo no início, tomou dimensões catastróficas. E catastróficas eram as discussões que ele gerava.

Ao mesmo, só nós dois, parecia o céu. Com alguém, a tempestade se fazia pronta. Até que a imaturidade não resistiu e tomou a primeira decisão sem noção e veio o rompimento.

Meses de tristeza, de saudade, onde o orgulho quase ganhou, mas o reencontro era inevitável. Porém, como dizem do cristal, o amor quando se quebra não volta a ser o mesmo.

E a magia do início se perdeu para sempre.

O amor - Eternamente responsável parte III

Uma palavra define o que era o amor: intimidade. Aquele conhecimento recíproco de saber onde tocar, onde beijar, como e quando... Mas não apenas isso. O respeito pelos limites e pelas dificuldades.

A vontade, para curtir os momentos mais breves das preguiçosas manhãs de segunda-feira ou os tão curtos quanto, finais de semana no hotel.

Como diria a música: boca... nuca... mão... e não, a mente não poderia estar presente! Era só amor...

Outra palavra que marca: superação. A possibilidade de crescer junto, se aprofundar junto, se entregar. Chegar até aquele momento que os corpos encontram uma sintonia tão grande que parecem um só. Não me esqueço de ouvir seu coração bater e parecer no mesmo ritmo que o meu...

A química, que era tão forte que fez história. Nosso clichê.

Momentos sublimes aqueles. Lembranças tão doces agora.

Passado.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Nunca estamos prontos

Por mais que algumas notícias sejam esperadas, as vezes, não fugimos da dor que elas podem causar. Aqui não tenho porque mentir ou usar de subterfúgios. Posso ser transparente.

Até domingo passado eu tinha esperança, no fundo no fundo, de recuperar o amor que um dia partilhei com meu ex. Mas, nesse dia, ele me disse algo que eu queria muito ouvir, mas, ao mesmo tempo, sinalizou o fim definitivo para nós. Ele está apaixonado por outro.

Dói. Como dói. Não é algo como a paixão adolescente que senti uma vez. É algo mais profundo e, portanto, mais dolorido. Claro que os sinais eram evidentes e eu mesmo já havia cantado essa pedra.

Mas, quando você gosta, tem esperança de ainda ter uma chance. Poder fazer tudo diferente. Ainda mais agora que estou tão diferente. Que tive a chance de mudar.

Não vou fazer o drama de dizer que não quero mais ninguém. Que vou me fechar pro amor, porque eu sei que uma hora ele vem.

Mas, AGORA, estou destroçado. Algo que não tinha sido colado direito, foi pulverizado dessa vez.

Mas, passa né?

Cansei

Pensei em muitas palavras para o título desse post, mas, acho que a melhor é essa mesmo. Cansei. Esse ano foi de longe o mais cansativo de toda minha existência. E não vejo a hora que termine.

Na verdade, sei que a culpa desse cansaço não é do tempo, não vou fazer o hipócrita de facebook. Sei que tenho muito a agradecer e que, mesmo sem conquistas materiais, tive muitas conquistas internas em 2014.

Sim, me encontrei. Sei exatamente aquilo que quero e aquilo que não quero. E me vejo cansado justamente, por ter que terminar de cortar algumas pontas soltas desse ano. Alguns eram meros fiapos soltos, que foram facilmente descartados. Outras porém, tinham raízes profundas, e talvez eu leve algum tempo ainda para me recuperar do corte.

Emocionalmente, pra ser honesto, estou em pedaços. Mas, minha fé se mantém intacta. Sei que logo me recupero e me reconstruirei. Demore o tempo que levar, eu sei que vou me reinventar. Mas, agora é o momento de sentir a dor no corpo, a sonolência, o cansaço mesmo.

Mas, creio que minha batalha foi vencida e agora eu vejo que tenho condições para seguir em frente.

Então, o jeito é aproveitar o recesso, colocar a vida em ordem, e me preparar para o que está por vir.

Será uma batalha ainda maior!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O beijo - Eternamente responsável parte II

Encantava-me seu sorriso. Hipnotizado por sua boca, não demoraria muito para roubar um beijo seu. E que encontro foi aquele, no qual nossos corpos pareciam se confundir no balanço suave entre toda a doçura e tesão do momento.

Éramos complementares. O encaixe perfeito. Sua timidez, minha impetuosidade. Nossa sensualidade velada. Tudo parecia desaparecer quando nossas bocas se encontravam.

 Seu beijo para mim foi libertador. Graças a essa forma de carinho tão simples, senti como se lutasse contra o preconceito e pude perceber que, na verdade, havia mais a admiração das pessoas em volta diante de algo desconhecido, ou melhor, não visto.

Nunca vivi tanta felicidade, realizando o desejo que tinha desde que entendi, ao viver o amor livremente, sem subterfúgios, e pudemos andar pela primeira vez de mãos dadas e nos beijar quando tinha vontade. Todo o momento.

 Foi libertador. Graças a ele pude enfim, me apresentar à minha família e descobrir que além das diferenças profundas entre todos, nossa maior características é o amor. E me surpreendi.

O que começou com o sorriso, evoluiu para o beijo e me transformou.Encontro. Liberdade. Calor. Unidade. São diversas e diferentes palavras para descrever o que seu beijo, nosso beijo, despertou em mim.

Foi você.

Choque de realidade

Será a vida pautada pela medida do sonho? Não creio, visto que sonhar é o que mais fiz nos últimos vinte e seis anos. Não que isso seja ruim, mas, em alguns casos, talvez sonhar demais pode acabar com a realização.

Já fui muita coisa em sonho: poeta, escritor, desenhista, pintor, costureiro. Acredita que na infância até biomédio ou biologo cogitei? Mas, não é assim a vida. Infelizmente.

Talvez pelo momento que vivemos, uma sociedade que a cada minuto joga em nossa cara que podemos ser aquilo que desejarmos, a gente acaba acreditando.

Mas, ao mesmo tempo, o tapa na cara é uma constante, seja vestido de contas a pagar, numa residência que não te atende, nos problemas que cada um tem e conhece bem.

Você pode me dizer que basta esforço. Concordo, mas não só. O tempo que passou, os caminhos cancelados, a atenção devida, ou mesmo a preguiça acumulada pela falta de perspectiva, embaçam um tanto essa perspectiva.

Ainda, argumenta: Há tempo! Claro, como responsabilidades, desejos frustrados e todo o tempo que já passou.

Não se preocupe, não sou pessimista. Meus pés só acabam de tocar o chão! E percebo, ao conhecer todas as dificuldades e limitações que talvez eu precise de um pouco mais de tempo. De um pouco mais de esforço.

Afinal, o verdadeiro desafio é contra meu próprio eu!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O sorriso - Eternamente responsável parte I

Algum tempo atrás, li a história de um principezinho que viva em um pequeno planeta com uma rosa. Ele acreditava que, quando cativamos alguém, nos tornamos eternamento responsáveis pela pessoa. Essa história não fazia muito sentido para mim, até aquele dia.

Chegava de uma das primeiras viagens à cidade de São Paulo e, como bom garoto do interior, trazia no peito um encantamento e uma paixão que apenas esta inexplicável cidade pode provocar. Na bagagem trouxe um compromisso, que pensava em faltar: você que acabara de me adicionar na rede social mais famosa da época, e de alguma forma se encantara, me convidava para sair.

Estava rouco. Praticamente sem voz. Porém, movido por aquele sentimento que apenas os grandes encontros trazem e que, racionalmente, somos incapazes de compreender, fui ao seu encontro. Até porque sou curioso e, ainda, um yakissoba naquelas frias noites de fins de julho, motivavam fortemente.

Eu usava marinho. Eu carregava em meus olhos a intensidade de quem acabava de descobrir um mundo. Mal sabia que cores mais interessantes estavam por vir.

Chegando ao local combinado, fui caminhando displicente, olhando as vitrines que seriam um costume tão nosso. Jamais faria aquele caminho da mesma forma, tal o famoso rio da metáfora. Em meu retorno por aquele mesmo corredor, era outro. Para sempre.

Você estava de pé. Usava aquela blusa em tons de azul claro e seus óculos refletiam alguma luz, impedindo-me de ver seu olhar. Mas, havia seu sorriso.

Aquele sorriso significava muitas coisas. Era a identificação, a ansiedade pela descoberta, sua pureza. Pela primeira vez vi ele mudar de lado. Pela primeira vez, nosso encontro teve esse efeito sobre você. Maior efeito teria sobre mim.

Penso que, naquele momento, todas as células do seu corpo gritavam: -É ele! Não, não é arrogância de minha parte. Foi isso mesmo que senti. Meu coração se enchia pela primeira vez de um calorzinho gostoso e aquela imagem que tínhamos, tão nossa se formou: surgia ali meu porto seguro.

Era você. Confesso que não o reconheci logo de cara, mas, não haveria desencontro. Seu sorriso foi meu guia e, não importava como, eu sentia que precisava me aproximar. Afinal, era você.

E sempre será.

<3

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mar de reflexóes... ou apenas uma fase difícil?

Pensar, pensar e pensar. É meu esporte favorito e, infelizmente, não emagrece. Tenho esse defeito (ou seria uma qualidade?) desde muito jovem, até chegar ao ponto de travar lindamente e não conseguir agir simplesmente. Não, não é preguiça. Nem mesmo depressão. Porque, no mais, eu sei que é tudo uma fase que vai acabar passando.

Talvez sejam notícias e problemas que se acumulam, provocando aquela velha sensação de impotência. Ou seria um cansaço que me impede de perceber a possibilidade de ação?

Em meus pensamentos uma frase se repete: Que fase!

Será que vou conseguir fazer o Mário, e passar para a próxima?

Com toda certeza, sim!

Abraços!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Frustrado!

Estou vivendo uma situação familiar que está me deixando frustrado e cada dia com mais medo: um tio com problemas psicológicos. Gente, não é realmente fácil a questão.

Todos em volta acabam adoecendo junto, e é uma luta constante não ceder e acabar expondo o pior lado de cada um com essa situação. Mas é assim, né? Situações de crise são reveladoras!

Minha frustração na verdade é fruto de um conflito que a situação causa em mim: saber até onde vai minha responsabilidade. Explico: moro com esse tio e minha avó. E no caso, ele acaba maltratando ela quando em surto, verbalmente e psicologicamente. E estou numa fase que talvez, precise deixar minha cidade natal. Tenho sonhos: viajar, fazer meu mestrado, estudar várias coisas relacionadas às artes e à moda.

Como conciliar isso? Meu cérebro chega a ferver. Ao mesmo tempo que enxergo que a responsabilidade não é só minha, penso que sair agora seria de um egoísmo monstruoso. Isso me deixa paralisado as vezes.

A única saída que vislumbro é, ir estudando para o mestrado, fazer cursos livres relacionados quando der e deixar a aventura para depois.

Mas, seria justo? Não sei, apesar que pensar que a vida adulta é feita de escolhas, renúncias e paciência. Tudo tem seu tempo.

Agora, me parece, é o tempo de união. Uma pena meu avô não estar aqui fisicamente para nos orientar, mas, creio que reunindo novamente a família, ele estará presente, e juntos vamos encontrar uma solução para o problema.

E que venha 2015!

domingo, 7 de dezembro de 2014

Paradoxo

Como posso me sentir de uma vez tão vazio e cheio? Vazio com sentido de sozinho, flutuando como se nem a gravidade tivesse interesse em me segurar. Cheio, de cansaço, da mesmice, de coisas e pessoas que eu não posso mudar, nem mesmo provocando uma mudança interna.

Não tenho mais lugar. Onde me sinto bem e pertencente, não posso estar ainda. E aqui tanto acontece que já não sei mais o que fazer. Seria mais fácil não sentir, não esperar, acreditar que vai mudar. Mas, o que eu vejo é tão claro que supera a mente criativa que tenho.

Tá tudo tanto e tão pouco que não consigo nem chorar. E precisava me livrar disso tudo de alguma forma.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Caminhos

E novamente nossos caminhos se cruzaram. Talvez se afastem definitivamente desta vez, ou não. Toda vez que te encontro, acabo olhando para dentro de mim. Isso é engraçado, já que nossos mapas astrais dizem exatamente isso, que funcionamos como espelhos um do outro.

Sei que te amo. Muito. Mas, talvez esse sentimento já esteja se tornando algo como uma lembrança boa. A recordação de momentos incríveis que ficaram no passado. O carinho pelo tanto que crescemos ao lado um do outro.

Escrevo agora, porque acabei chegando a conclusão de que em nossa última conversa não fui justo com você. As cores que usei não foram criadas por você e minha crise é por causa de uma esquina, e não por tudo aquilo que vejo no retrovisor.

Partir, seguir em frente. Tentar superar. Se você ver os posts anteriores vai ver que tenho vivido um intenso processo de transformação interna e o exercício diário de curar a dor da rejeição  com o amor mais puro que tenho dentro de mim.

E te ver partir dói. Não que você tenha voltado, mas, por ser mais uma pessoa amada que eu vejo seguir outro caminho, enquanto por diversas circunstâncias me sinto preso ao chão ao mesmo tempo que totalmente descolado dessa realidade.

Talvez, minha mente já tenha voado e esteja nas ruas que visitei, na arte, na criação, em todos os talentos que me foram confiados e que estão sufocados por essa rotina que se apresenta. Talvez, só esteja cansado de novamente exercer o papel de pára-raio.

Mas, o que seria do amor se não fosse capaz de ajudar o outro carregar sua dor.

Enfim, quero que entenda que sei que não fui justo. Mas é que, sofrer por você é mais fácil do que encarar a realidade que se apresenta. É um sofrimento conhecido, sabe como?

No entanto, já cheguei num ponto que não posso fugir da realidade dessa forma, já que não é justa nem com você nem comigo. Vou ter que pegar esse touro pelo chifre e encontrar dentro de mim a resposta que tanto procuro.

E seguir por esse caminho que está cada dia mais aberto à minha frente...

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

26 anos de idade

Esse ano passou tão rápido que quando paro pra pensar em tudo que me aconteceu, quase não acredito. 365 dias que voaram mas, trouxeram em suas asas tanto aprendizado e tantas resoluções em minha vida que, confesso, fico chocado.

Foi um ano corrido, duro, cansativo. Porém, produtivo como nunca antes. Trabalhei, amei, chorei, sorri muito, me encontrei e, o que considero mais importante, pela primeira vez em minha história fiz contato comigo mesmo. De verdade. Sabe aquela força que a gente sabe que tá ali dentro, a centelha divina, o seu eu mais íntimo?

Foi com ele que me encontrei. E me tornei um: ciente de quem eu sou e do que quero e preciso fazer neste mundo. Isso me traz uma responsabilidade imensa. Mas, ao mesmo libera toda aquela força e determinação em ser apenas quem eu preciso ser.

E aprendi a me amar. A amar a quem me fez sofrer e a deixar certas dores para traz. Infelizmente, uma parte muito importante de mim está perdida no caminho, que é meu pai. Mas, ainda tenho fé em recomeços. Nossa história mesmo recomeçou várias vezes e tenho certeza que quando ele ver minha felicidade, ele mudará de ideia. E será recebido com o mesmo olhar que o viu a primeira vez a 26 anos atrás.

Estou feliz e triste, porque sinto que um ciclo longo se encerrou. Mas, o caminho a frente se mostra tão promissor que me encoraja a secar as lágrimas e seguir em frente, com a cabeça mais erguida e consciente que nunca. E que venham os próximos desafios...

E, daqui a 26 anos quando eu olhar pra traz, espero encontrar a mesma força dentro de mim e novos objetivos para outros 26.

E que a melhor época de nossas vida tenha início!

Felicidades a todos que amam sobre a terra!

domingo, 16 de novembro de 2014

Decisões

O ano que está chegando ao fim significou pra mim um período de decisões, conclusões, pontos finais. E também um reencontro muito especial: comigo mesmo.

Chegou a hora de abrir as asas simbólicas que até o momento só serviram pra mantar meu equilíbrio e me lançar contra o céu azul. É hora de alcançar as distâncias que só conseguir tocar em pensamento!

E se é pra ter fim, não tem como não tem recomeço. Renascimento. E que o ano de 2015 testemunhe esse despertar e, o mundo é o limite!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Carta ao meu pai

Olá!
Suas palavras ainda ecoam em meus ouvidos: Esqueça que você tem pai! Fico feliz e triste por ter resolvido essa questão e finalmente poder dizer em alto e bom som que sou um ser completo, único e verdadeiro. Sim, sou gay. Não, sua reação não vai mudar isso.

E é uma pena. Não vou ser hipócrita e dizer que só o senhor vai perder com isso. Mas sua ausência é uma dor que me acompanha a muitos anos. Talvez, desde a barriga da minha mãe quando fui conhecido como seu "bastardinho". Mas, isso já foi superado a muito tempo. Fui uma criança feliz e o senhor foi, junto de mamãe o responsável pela infância tranquila e feliz que eu tive.

Mas, o tempo passou e nos tornamos estranhos. Não por eu ser gay ou por causa de suas escolhas, como nos deixar a alguns anos atrás, mas por simplesmente, sermos diferentes. Personalidades opostas e mundo completamente distintos, só poderia redundar nesse distanciamento, que em nada atrapalhava nossa relação de pai e filho.

Agora, de novo, preciso enfrentar e digerir uma nova escolha sua. Sim, sua e completamente sua. Por mais diferentes que somos, e agora com a questão da sexualidade, o senhor é que não quer ser meu pai.

Isso dói muito. Não escolhi ser assim. Como o senhor não decidiu ser hétero. Mas, escolhi sim ser sincero e verdadeiro com o que eu sinto e com quem eu sou. E, infelizmente, além do gay sou muitas outras coisas que o senhor não vai ter a oportunidade de saber, ou sabe, e prefere ignorar.

Também, preciso dizer: não é uma escolha minha sofrer preconceito como o senhor disse. É tão ridícula essa afirmação quanto pensar que o racismo é culpa dos negros. Sei que o senhor é mais esperto que isso. Nem precisa de inteligência.

Outro ponto que achei muito engraçado de sua fala, pra falar o mínimo, é da substituição que o senhor pretende fazer. Não há nada que o senhor poderia viver comigo que poderia viver com o meu irmão, simplesmente, por que cada um de nós é único.

Ainda, é interessante essa perspectiva da igreja de que posso mudar. Nenhum de vocês parou pra pensar que se um gay pode ser transformado em hétero o oposto é verdadeiro? Ou é só o desejo de enriquecimento ilícito que ocupa o pensamento do pastor que te orienta? E, não! Não me venha com papo sobre bíblia, porque se continuar a leitura da mesma passagem que o senhor utiliza para me considerar abominação, a pena para suas práticas e outras tão comuns dos dias atuais, receberiam condenações muito mais severas. Mas, essa parte todo evangélico pula né? Por que condenar o divórcio, o consumo de frutos do mar e de tipos diferentes de tecido no mesmo look não aliciam fiéis ignorantes, como o senhor tem se mostrado, não é mesmo?

Estou muito chateado com sua postura. Sim, porque sou seu filho e no fundo no fundo, gostaria de encontrar agora aquele pai herói que existia nos meus sonhos. Ou no máximo, o pai humano que poderia simplesmente me dar um abraço e reconhecer que mesmo não sendo uma questão fácil, eu não deixaria de ser seu filho e encontraríamos a melhor maneira de conviver. Mas, essa é outra escolha com a qual sua consciência vai ter que lidar eternamente.

Não vou nunca te dizer o que o senhor me disse ao telefone, caso resolva me procurar. Não por ser uma pessoa mais evoluída ou sei lá o que. Não vou dizer porque meu amor é incondicional e ainda existe aqui dentro uma pontinha de esperança que esse momento de ira se dissipe, e o senhor encontre aí dentro do seu coração o amor pelo seu filho. Quem sabe né?

Mas, por enquanto, é adeus! Quem sabe, até qualquer dia...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

E estou de volta

No último post disse que retornaria e, digo agora que, mesmo sofrendo um tiquinho, consegui recuperar pelo menos o amor próprio.

Não, dessa vez não confundi com orgulho ou com a vontade infantil de dar o troco. Eu optei por mim mesmo, por minha tranquilidade, por me cuidar e encontrar minha felicidade que, na verdade, só farei sozinho. O outro é companhia para celebrar junto, não a causa, não é mesmo?

Então, decidi. Escolhi novamente me fechar para balanço e reavaliar as prioridades em minha vida. Neste momento, creio eu, minha carreira pede muito mais atenção. Então, é disso que eu vou cuidar.

E já que a vida se encarregou de me mostrar que não existe nenhum "príncipe montado num cavalo branco" me esperando por aí, vou me encarregar de conquistar eu mesmo meu reino e construir meu próprio castelo. Com rocha sólida desta vez.

O amor, ah o amor... Este continua aqui intacto. Sim, porque quando alguém não aceita o presente que a gente quer dar, ele fica quietinho guardado. E meu coração tá cheio deste presente. Que é todo meu e ficará a espera de alguém que saiba valorizar.

Agora, o jeito é continuar com a avaliação do que passou e a construção das metas e projetos para o ano que já vem chegando...

Abraços!

domingo, 14 de setembro de 2014

Devolva-me

Peço encarecidamente que devolva o Jean que você roubou quando me fez apaixonado por você. Sim, ele não existe mais e sofre.

Sofre porque não sabe lidar com esse amor louco que sente no peito, enquanto em cada atitude você age como se fosse apenas uma âncora, algo banal, quase parte da mobília.

Devolva agora o cara tranquilo que você conheceu que não tinha nenhum grilo, que sabia separar momentos com amigos dos momentos a dois,  e não sentia tanto ciúmes!

Devolva meu coração, o espaço que ele deixou aqui está fazendo falta, muita falta.

Sim, porque o problema não é com você, ou a química, ou a economia, ou a história.

É que nessas horas, em que percebo que a situação se inverte, sinto falta de mim!

Mas, preste atenção: eu vou voltar!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Re-encontro!

E nessa perspectiva de lidar com a solidão, uma nova oportunidade se abriu a minha frente: de me re-encontrar.

Não pretendo com isso flertar com a arrogância ou atropelar meus defeitos, mas sim, retomar a consciência de quem eu sou, do que eu quero e do que vou fazer com minha vida.

Esse é o caminho mais fácil, uma vez que para esse encontro dar certo, preciso apenas que os convidados estejam dispostos e, no caso, eu estou. E ansiono.

Porque, pensar o que a gente não quer é muito fácil: tá na nossa frente, é aquilo que não agrada, que incomoda, que irrita, que cansa.

Por outro lado, pensar e (sobretudo!) aceitar quem a gente é e de comum acordo nos planejar, é algo muito mais complicado e, se tenho uma certeza nessa vida é que ao contrário do que pensei por quase vinte e cinco anos, eu não sou uma pessoa simples.

E também, eu sei que vida quero levar no curto, no médio e no longo prazo.

Basta agora superar o medo, marcar esse café com bobagens para esse compromisso comigo mesmo e seguir em frente!

Ninguém disse que seria fácil e é por isso que eu quero!

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O que fazer?

Eu não sei o que fazer. Preciso de um lar, um cantinho pra chamar de meu, que seja simples mesmo sabe? Não tem mais condições de ficar morando com minha avó, o que me parte o coração. Por que eu a amo muito, mas, preciso organizar minha vida.

Organizar não é bem a verdade, porque não devo muito. Preciso sentir que tenho um lar novamente, na verdade. Sem ter q lidar com pessoas entrando e saindo quando querem, sem me preocupar se posso limpar casa ou lavar minha roupa sem incomodar, pra diminuir os gastos mesmo.

Mas, não tem fiador. Como resolver essa questão?


domingo, 24 de agosto de 2014

Estar só

Estou fazendo terapia. A primeira coisa que a psicóloga disse foi: vc está só, aceita que dói menos.

Essa verdade é universal. Embora a gente não pense nisso constantemente, nascemos e morremos sós, com importantes participações especiais.

Eu não qro ficar de mimimi e dizer q não sei lidar com isso pq do meu passado. Ou pela sensação que sempre me acompanhou de ver o mundo de fora.

Mas não tem como fugir desses fatos. Resta buscar compreender essas questões de uma forma mais positiva

Não é fácil. Sinto como se a gravidade faltasse as vezes e que se não fosse as responsabilidades nada mais me segurasse na terra. Não, não pense em dar cabo a minha vida. Mto pelo contrário.

Quero mesmo desvendar esse estar só. Sei que de um lado é não projetar e não esperar dos outros. Já não sou um garotinho indefeso. Mas, aqui já não falo de contas a pagar. Falo de confiança. Parceria.

Gosto da minha própria companhia. Gosto de mim. Mas, não consigo entender claramente o que é egoísmo ou dependência. Ou quando seguir ou quando ficar.

Sinto falta daquela sensação de acolhimento, de família mesmo. De um por todos e todos por um. Pq eu acredito que compartilhando, o conhecimento se expande.

Será q com o tempo eu aprendo?

Sozinho

Hoje foi um dia daqueles que tinha tdo pra dar certo e terminou triste: teatro, a pessoa amada do lado, papo tranquilo...

Só não contava com uma crise de ciúmes que me deixou muito envergonhado e fez com que eu perdesse a chance de usar a primeira impressão dos amigos dele a meu favor.

Não qria criar expectativas dessa forma. Não qria ser tão transparente. Não qria estar aqui em casa enquanto ele está com os amigos na boate.

Qria fazer parte, conhecer, estar comemorando. Qria não ser tão complicado e apegado.

Como não me sentir sozinho?

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Reencontros

A vida é mesmo muito engraçada. Pessoas entram e saem de nossas vidas, e fico impressionado com a frequência que isso acontece na minha. Claro, nem tudo é efêmero, e conservo no peito e na companhia pessoas queridas a mais de dez anos.

Mas, hoje quero falar de reencontros. Esses são ainda mais frequentes nesses meus curtos/longos vinte e cinco anos. Acho que na verdade, tenho tendências historicistas, já que meus relacionamentos, em geral, são sempre cíclicos.

Estou feliz, por ver pessoas que eu gosto sinceramente, voltando devagarinho, à minha vida. Meu amor e alguns amigos queridos, que por um motivo ou outro saíram de cena por instantes, retornam agora. Espero que essa pausa tenha sido apenas para uma adequação de figurino, para relembrar aquela fala importante, e que este ato seja ainda mais intenso, sincero e querido como os anteriores.

Eu também troquei de roupas. Já não sou o mesmo que começou o ano e tenho certeza, com algumas transformações que apontam no horizonte, mudarei mais um pouco naquele sentido que é mais importante: do encontro comigo mesmo.

Acredito que isso vai auxiliar esses novos encontros, fazendo com que o degrauzinho de maturidade que eu subi nos últimos meses melhore as relações e faça desse reencontro, o verdadeiro e inesquecível.

E tudo, tranquilamente, naquele ritmo que não respeita relógios ou convenções físicas, vai entrando nos eixos.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Sozinho no mundo...

Vivemos num mundo onde estar completamente só é cada vez mais difícil e onde, paradoxalmente, sempre nos sentimos solitários.

Seria culpa do individualismo? Não sei. A única certeza que sei é que estou numa fase extremamente ambivalente, onde necessito ficar só e ter meu espaço, ao mesmo tempo em que, a certeza de que estou só com minhas decisões, desejos e sentimentos, me assusta.

Não sei como lidar com isso. Talvez sejam coisas diferentes, a primeira reflexo da desorganização espacial que eu vivo, onde não tenho meu espaço e minha privacidade. E por outro, esse medo de estar só seja a dificuldade em aceitar que, na verdade, já estou. Que não tenho ninguém com quem contar emocionalmente.

Olho ao meu redor e me dá um aperto sabe? As duas pessoas com as quais eu devia contar nesse mundo estão tão ocupadas com seus mundinhos particulares, com suas próprias vidas que parece que a cada momento tenho menos espaço. Não faço parte, especificamente.

Preciso de colo sabe? Eu sei que tudo vai dar certo, que estou encaminhando minhas coisas. Mas, não tem muita graça se não tem com quem compartilhar, ou alguém pra estimular e ficar feliz junto em cada pequena vitória.

Sinto falta de ter um lar, de carinho, de afeto. De saber que posso contar com alguém, que não vai me cobrar porque sabe que pode contar comigo também, compartilhar os momentos, os objetivos, a intimidade.

É engraçado sentir falta disso, porque em retrospectiva, acho que ainda não vivi algo assim...

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Forte depressivo

Assistir aos jornais atualmente tá sendo um forte depressivo.

A situação entre Israel e Palestina que se torna cada dia mais absurda.

Gente, será que não rolou violência suficiente na história desses povos? Claro q entendo todo o movimento histórico que gerou essa situação, mas, gente? Falamos de pessoas, cadê a consciência individual? Se colocar no lugar do outro?

E o mesmo tá valendo pro Brasil: e' inaceitável a situação diante dos manifestantes! Mas, não só isso... E' política que não toma jeito, revolta pra todo lado entre as pessoas que movidas por esse sentimento, não podem realizar escolhas conscientes...

Tanta coisa errada que só peço a Deus q mantenha firme minha fé e a esperança em dias melhores!

Mais uma página virada...

Quem tem Vênus em escorpião sabe o quanto é difícil se desvencilhar de sentimentos, coisas e pessoas. Porque era pra ser pra vida toda, aquela coisa romântica que toda menininha sempre sonhou: ter um namoradinho de infância, crescer junto e construir uma família.

Mas, infelizmente a vida não é assim e a individualidade tem se tornado a característica central de nossa época, onde o contato é virtual e os amores de fast-food.

Claro que isso gera uma crise interna muito grande em pessoas como eu, que buscam esse amor eterno, ou seria, que busca eternamente o amor? Acredito que as duas formas estão corretas.

Mesmo com essa dificuldade que me é inerente, ou causada pela influência astral, consegui virar uma página em minha vida. Feliz ou infelizmente, mais uma página amorosa que foi superada. Por incrível que seja perceber isso, foi a superação mais difícil que já tive em minha vida. Porém, foi extremamente necessária.

Fico feliz com o quanto eu cresci nos últimos quatro anos, em grande parte graças a essa relação e suas dificuldades. Não sou hipócrita a ponto de dizer que não sinto nada, claro que todo relacionamento que não dá certo deixa para traz uma série de sonhos, planos e desejos que causam uma certa melancolia.

Mas, a vida segue, com seus dias nem sempre tão iguais e quando a gente menos espera cruza com novas possibilidades, novas experiências e, por que não, novos amores.

E que cada dia seja melhor!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ressaca pós-filme

No último domingo assisti "Teus olhos meus" (Caio Sóh, 2011) e confesso que a história não saiu da minha cabeça até hoje. 

O filme que se desenrola como uma fofa história de amor entre dois homens com uma grande diferença de idade, traz diversos questionamentos sobre como alguns jovens de vinte e poucos anos encaram a entrada na vida adulta com o plus, em nosso caso, das questões relacionadas à sexualidade.

As locações são incríveis, a fotografia é belíssima e os diálogos maravilhosos. Seria mais uma história de amor/conto de fadas - como "De repente Califórnia" que eu amo - não fosse o final arrebatador.

Ao contrário de outros, o diretor optou por apresentar a situação dramática nas duas últimas cenas, deixando toda a carga emocional do ocorrido para nós espectadores. Entendo a linguagem e reconheço o mérito dessa narrativa mais aberta que promove a reflexão.

---Contém spoilers---

Mas, algumas coisas me incomodaram, no seguinte sentido: entendo como certos tabus, especialmente os sexuais são construídos historicamente e que determinados vetos sexuais são permitidos em determinadas épocas. Sem gastar muito, quem não se lembra das aulas de história do agora 6º ano onde tod@s se chocavam com o casamento entre irmãos no Antigo Egito? Ou com o número de esposas de alguns homens de cultura muçulmana, por exemplo?

Claro que o caso entre pai e filho, salvo o mito grego, não me recordo de nenhum. O ponto, no entanto, não é a situação dramática em si. É o fato de que toda a narrativa do filme aponta para a superação, para a tomada de autocontrole na vida, para a maturidade e para a consolidação do amor que, em uma situação tão complexa como a possibilidade - certa, mas que no mundo real deveria ser confirmada por DNA - de o fofo casal ser pai e filho, faz com que vislumbremos toda a transformação do jovem ser perdida por uma crise existencial que seria com toda certeza causada pelos princípios tão arraigados em nossa cultura, oriundos de uma tradição judaico-cristã.

E, ainda, fico me perguntando que impacto esses princípios afetam a construção de nossa identidade enquanto gays, pensando na forma como os personagens encarariam a própria sexualidade diante de um pecado de tal magnitude. E como um espectador desavisado, diante da situação poderia encarar a homossexualidade, recuperando certos preconceitos e taxações.

Pode ser uma análise um tanto exagerada, mas, de onde eu falo - por conviver com pais evangélicos que não aceitam muito bem a minha sexualidade - não seria absurda uma associação homossexualidade - pouca vergonha, que já é feita até por motivos mais corriqueiros, imagina mexendo com um tabu de toda uma civilização?

Assim, fico no meio termo e não creio que chegue a alguma conclusão a respeito: de um lado amei a história até a fatídica cena e por outro, me preocupo com análises distorcidas que possam ser feitas diante da situação apresentada. 

Ainda bem que assisti "Hoje eu quero voltar sozinho" em seguida, que amenizou bastante o conflito interno.

Abraços!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Futuro X Passado

É engraçado ver como estou me sentindo hoje após dias tão difíceis. As sensações continuam misturadas, mas, agora o meu lado otimista/impulsivo está mais ativo e começo a vislumbrar novas possibilidades. E não é que o passado resolveu aparecer?

Não é da forma que eu esperava e o romantismo que tomou conta de mim nos últimos meses não foi retribuído, mas, a química e o prazer em estar junto falou mais alto e veio me procurar.

No entanto, fica a dúvida: seguir a diante ou dar uma atenção ao passado?

Sei que sou historiador e o passado é fundamental pra mim, mas, como nas definições clichês da história, o passado serve justamente para a compreensão dos erros cometidos e a busca por novos caminhos. Logo, a resposta se faz clara. 

Não quero cometer os velhos erros. Figurinha repetida não completa álbum, ainda mais quando a figura representada serviria para o resgate do prêmio e o abandono completo do álbum. 

E, acho que já é tempo de construir algo mais sólido. Sexo é bom, mas, fazer amor é sublime. E mais do que isso, meu corpo anseia por acordar juntinho, na mesma cama, de conchinha e tudo que tenho direito. Não vou abrir mão disso para ajudar na manutenção alheia.

Foco que o sol começa a tomar nova força, deixando para trás o inverno. E que a lição tenha sido aprendida!

Beijos!

terça-feira, 15 de julho de 2014

Lições

Tenho pensado muito nos últimos dias e ando até mesmo um pouco angustiado. Avaliar um período de sua vida tão complexo como um relacionamento não é tarefa das mais fáceis, ainda mais quando a decisão pelo fim não foi digerida por completo.

Nesse movimento, tenho procurado lembrar as diversas situações vivenciadas, tentando uma avaliação consciente, que me ajude a compreender efetivamente os erros cometidos. As vezes dói, porque volto em lembranças boas, como os momentos de dificuldade financeira no qual dividíamos nosso lanche, ou as tardes no shopping, as mãos dadas e a postura positiva diante de cada xingamento ouvido por ter um relacionamento gay escancarado ante a sociedade.

Foram tantos momentos bons que as vezes, lembrando assim, o gênio difícil que ambos possuímos fica meio ofuscado, mas, conviver com nossas diferenças com certeza foi o que nos trouxe mais crescimento.

Duas pessoas que se encontram depois de tantas experiências diferentes, com educações díspares e situações econômicas e de estudo não exatamente compatíveis não resulta numa relação fácil.

Personalidades distintas, um aventureiro nato (eu) e um par de pés cravados no chão (ele). Um avoado otimista sortudo sagitariano (eu) e um centrado organizado mandão leonino (ele). Mas, nem tudo era diferente. Era como se aqueles olhinhos sempre escondidos por trás dos óculos fizessem parte de mim. A boca, a respiração, o calor, quase tudo era um só.

Mas, agora, reconheço que eu fui me apegando a situações menores, ao meu mundinho, como sempre disse. E por me cercar de um turbilhão de coisas que no momento eram mais importantes - e eram mesmo, universidade deve ser levada a sério - acabei esquecendo de amadurecer junto a ele. Não digo que fiquei para trás, só que o encaixe que antes era tão perfeito, a vida quase simétrica, foi ficando diferente. Novas oportunidades, novas propostas, novas rotinas e... eu não cabia mais em seu mundo!

É com um sorriso melancólico que penso nisso agora: trouxe tanto você para meu mundo que por fim, não coube no seu. Não forcei conscientemente, eu sei. Mas, a situação serviu justamente para você se perceber e crescer. E fez o que eu esperava tanto que fizesse: tomou a direção! O problema é que o caminho que antes se tocava facilmente, se fez diferente. 

Outra vida, outro momento. E enfim, aquele amor que era maior que o infinito não estava mais naquele olhar que me tocou tão profundamente desde o primeiro momento. 

Ainda existe carinho. Ainda existe fogo, talvez. Mas o amor se foi, talvez tenha tomado novas formas, novos meios e até mesmo um novo dono. 

Pena. Não está mais aqui.

E a velha lição se faz presente: dê valor ao que você tem, enquanto tem.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Alívio!

Hoje fui ao médico e tirei uma grande dúvida que me corroía por dentro: um caroço que apareceu em minha perna a alguns meses.
Pode ser bobeira, ou talvez tenha ficado impressionado nessa época de estrelas tão travessas, mas gelava com a possibilidade de ser um câncer.
Graças aos céus não passou de paranoia minha, mas, não deixa de servir de lição a sempre procurar um médico quando algo incomodar.
Pode ser nada, mas sendo algo, no início é sempre mais fácil tratar.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Conselho de amigo

Se for pra sofrer, sofra, por um único dia. Esse seria o conselho que eu me daria nesse momento.

Claro que em alguns momentos a saudade aperta, algo corriqueiro como uma imagem, um lugar, uma música e até um cheiro, nos levam pr'aquele tempo bom trazido pela lembrança, que faz o coração doer quando percebemos que não é lá que vivemos mais.

Outro conselho interessante, dado por um grande mestre, é que tudo passa. Até mesmo o universo termina, porque não nossa vida, as alegrias, mas também, as dores, os sofrimentos, as saudades...

Aceitar a finitude é um processo complicado, mas, que ao mesmo tempo pode nos ajudar a compreender a dimensão de um momento. Aí, nessa hora de lucidez podemos compreender o tamanho dos pequenos infinitos e o quanto de prazer, felicidade e crescimento cada minúscula particula de seu dia pode proporcionar.

Com isso, chego a compreensão que sou um otimista. Sim, quem convive comigo pode perceber melhor, já que quase sempre apareço por aqui para chorar as pitangas, os morangos, as amoras...

Mas, cada dia é uma lição, e eu quero aprender. Eu quero e preciso mudar algumas pequenas coisas, por que, definitivamente, a vida não é tão ruim comigo. Ela é generosa, me trouxe inúmeras oportunidades, talentos e sentimentos bons. E quero muito poder distribuir isso para as pessoas à minha volta.

Por isso, estou sendo meu maior amigo. Me aconselhando e chacoalhando, afinal, do que eu ia reclamar mesmo?

Abraços!

domingo, 6 de julho de 2014

E a culpa é... de ninguém!

Hoje assisti ao tão comentado filme "A culpa é das estrelas". Lindo, fofo e que me fez chorar horrores (sair da sala de cinema em todas as sessões, dizem, é observar todo mundo se recompondo). Mesmo com um olhar um pouco mais crítico, que encontrou alguns pontos complicadinhos no filme, a história do casal adolescente me fez refletir alguns pontos importantes.

O primeiro dele, e o mais óbvio devido ao tema tratado, é a questão da finitude da vida. Viver não é fácil, mas, lidar com a morte em nossa sociedade que preza tanto a beleza, a juventude, o vigor físico e a saúde, não é tranquilo. Eu mesmo me deparei com essa questão muito tarde em minha vida quando perdi meu avô... No entanto, esse ponto especificamente mexe com uma série de questões, que compartilho com a protagonista, em sua curiosidade sobre o depois: O que será do mundo quando eu partir? Como as pessoas que eu amo ficarão?

Esses dois questionamentos nos levam então, ao segundo ponto: que papel nós representamos na vida das pessoas que nos cercam. Esse ponto é fundamental em minha vida atualmente, quando, para tomar um rumo eu tenho que considerar as consequências de minhas ações para cada membro da minha família, da minha avó ao meu primo caçula. Compartilho aqui da angústia da protagonista, que teve uma cena belíssima com a mãe, quando percebe que ela procurou uma forma de se ocupar e novos sentidos para sua vida, ante a possibilidade de deixar de ser mãe com a morte de Hazel.

Somos muito egoístas, ou melhor, não tem como não sermos egoístas, uma vez que nossa visão do mundo está profundamente ligada a essa questão do eu. Não tem como existir o mundo e todas as coisas se eu não estiver observando e percebendo tudo do lado de cá. Então, nada mais natural a ideia da finitude causar tanto estranhamento e angústia em algumas pessoas.

Outro ponto muito importante que o filme me fez pensar foi a questão da projeção: o quanto projetamos nossas angústias e incapacidades nas pessoas que nos cercam. Isso muitas das vezes faz com que subestimemos nossos queridos e sua força em enfrentar situações complicadas ao nosso lado. Por outro lado, por mais que o sofrimento seja uma "escolha" como retratado no filme, eu ainda tenho uma longa estrada até conseguir mediar o livre arbítrio alheio com a dor de ver a pessoa amada sofrendo por minha causa.

Nessa questão, o filme trouxe uma frase que nunca vai sair da minha cabeça: Já que seremos feridos, pelo menos que seja possível escolher por quem!

Por fim, o amor e o lugar ocupado por ele em nossas vidas, e aqui incluo o amor próprio. Sentimento extremamente complexo e que me deixa muito confuso. Nunca sei quando é ele, as vezes ele se esconde e volta nos momentos mais inoportunos. Mas, como no filme, ele sempre vale a pena.

E acredito ser essa a maior lição dessa história de amor: que por mais que hajam infinitos maiores e menores, não há dúvidas de que o amor é necessário e, mesmo durando pouco, eterno.

Porque boas lembranças ficam, o aprendizado da experiência enriquece e o amor sempre vale a pena. Enquanto der, enquanto valer a pena, enquanto eu viver.

E, como no filme, mesmo que a pessoa que eu mais amei no mundo tenha saído da minha vida, já valeu a pena porque ele foi a pessoa mais importante pra mim por um período lindo da minha vida.

Abraços!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Enfim, livre!

O melhor lado do fim de um relacionamento, quando ele realmente acaba, é a liberdade. Claro que quando estamos ainda sofrendo, essa liberdade é encarada como um vazio que dói, mas, na verdade, é uma oportunidade.

Ultimamente, ando meio tenso com algumas mudanças, mas, só tenho a agradecer por tudo que tem acontecido em minha vida. Cada dificuldade, cada dúvida, cada dorzinha existencial que aparece nos traz alguma lição e, se tem algo que esse ano veio ensinar foi justamente ser mais determinado e focado.

A vida não é feita só de flores, mas sim, de ensinamentos e espero que os erros que cometi até aqui, em especial relativos ao emocional, tenham sido aprendidos a contento.

A vida segue seu caminho, novos horizontes se abrem e cada dia que passa fico mais perto de ser eu mesmo, independente e otimista, deixando para traz aquele garoto inocente, deslumbrado e meio bobo que sofria com medo do mundo, que tremia nas bases diante do desconhecido e da diferença. Afinal, cada dia é único não é mesmo?

E, em relação a esse sentimento que se transformou (sim, pois a amizade que tenho por essa pessoa que sai da minha vida será eterna!), a grande lição foi: compreender o espaço das pessoas, das tarefas, das obrigações e dos prazeres! E o entender o tempo que cada um deve ocupar.

Sigamos em frente!
O tempo não espera!

domingo, 22 de junho de 2014

Tantas voltas que a vida dá...

... que já estou desnorteado!

Bem que disseram que esse ano seria corrido, doido, com a impetuosidade de um cavalo de vento!

Sou muito intenso, muito maluco, muito sentimental... Ando muito tudo e acaba que sinto tanto e não saio do lugar!

O futuro me deixa curioso e amedrontando! Não sei o que fazer! Sigo a mente ou o coração? Caso ou compro uma bicicleta!

No fim, a missão é a mesma que tem atormentado nossa geração: encontrar o equilíbrio na vida!

E olha que o que eu quero é muito simples!

P.S.: Como disse, ando muito emotivo, sentimental, mimimi... Por isso o último post, do qual estou arrependido. Porém, ele fica, pois fez sentido no momento, e por eu ter prometido a mim mesmo que não apagaria nenhum post desta versão do blog!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Pra você!

Eu sei que você lerá o que estou escrevendo por aqui e hoje, o post é todinho pra você. Recebi suas notícias e o fato de que agora a tempestade acabou e o céu voltou a brilhar na sua vida, com um novo amor em gestação.

Mas quero que você saiba: eu nunca tive nada contra você. Posso ter meus problemas em relação ao que eu sinto e a forma como lidei com você foi uma expressão muito clara disso, mas, mesmo assim procuro ser sincero. Então não precisava nem de um décimo do drama que você criou.

Por isso, não me venha com esse papinho de superei, porque não havia motivos para tudo que aconteceu. Não mesmo. Então, como você preferiu causar todo o mal estar e me excluir de sua vida, conforme-se! É fora dela que eu vou estar.

Você não considerou a amizade, não considerou o carinho e o respeito que nutria por você. Não pensou antes de colocar outras pessoas no meio do assunto e fez questão de me maltratar, excluir e até ofender por causa de sua frustração.

E tudo isso teve suas consequências... Afastou-me!
E aqui ficarei.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Não era bem isso que eu tinha em mente...

Não me iludi pensando que qualquer tentativa de voltar seria fácil. Conhecer os buracos na estrada não tornam o caminho menos difícil.
E reconstruir um prédio que ruiu, pode ser lindo pela possibilidade de recomeço, mas, não busco recomeços... Quero certezas!
E cada segundo que passa me mostra que a vida não espera, nem merece esperar.
Porque o que eu sinto não e' pela metade, nem pra depois ou pra quando der!
E uma nova decisão brota em minha mente!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Sinal dos tempos!

Deve ser o fim do mundo mesmo. Sempre fui conhecido por ser uma das pessoas mais tranquilas e tolerantes da face da terra, porém, nos últimos tempos tenho andado com um mal humor do cão!

Será sinal dos tempos mesmo ou só tenho convivido com o número limite de idiotice diária?

Com esse comentário que eu mesmo achei bizarro você, querido leitor pode pensar que sim, ou surto ou realmente mato um....

No fundo sei que não e' nada demais.... Apenas a bendita mania de me desapegar de um meio quando surge um novo objetivo...

Ou, o que e' mais provável, encontrei meu limite o que e' perfeitamente aceitável e natural...
Bom dia!

Não e' realmente nada...

Não deveria reclamar. A gente acaba pegando essas manias ao longo da vida. Sei e sinto que tenho muito a agradecer...
Mas tem dias, aqueles que a saudade dói apertado, que aquele sonho vai tão distante e que o agora e' tão urgente, que não tem como não cansar...
Na verdade não e' nada... E' só ser adulto que cansa!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Feliz e triste!

É como me sinto no momento. É tanta volta que minha vida dá que eu não consigo acompanhar direito as vezes. Estou feliz, trabalho num lugar que eu amo, faço coisas que eu gosto e tenho à minha frente a chance de estudar aquilo que eu realmente amo: as artes!

No entanto, cada dia que passa eu fico mais perdido em relação a minha vida pessoal e amorosa. Será esse o mal do século? Viver uma carência excessiva e nunca se contentar com aquilo que se tem, ou com a(s) pessoa(s) que escolhemos para nos acompanhar nessa vida?

Não sei a resposta para essa questão. Só sei que estou sentindo falta de um amor, que seja bom, real, carinhoso, me dê colo e que me deseja e queira compartilhar comigo toooda a vida...

Indo ou ficando, que me dê asas e não âncoras. Que seja tão livre quanto eu almejo ser e me ajude a terminar esse mistério que é minha própria cabeça.

Você pode pensar: ele deseja um psicólogo não um psicólogo, não um namorado! Não é bem assim. Desejo a oportunidade de amadurecer em relação ao amor e alguém que me ajude a perder o medo de me entregar, fazendo exatamente o que estou disposto a fazer: me entregar de corpo e alma.

Mas, será esse o momento certo?

Dúvidas e mais dúvidas...

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Com o tempo a gente aprende

Nada como o tempo. Com ele a gente aprende tudo. E uma das maiores lições que eu aprendi nos últimos tempos é me conhecer e até mesmo, reconhecer.

Essa fase dos vinte e poucos anos devia ser taxada como de autoconhecimento, porque é uma época que realmente nos deparamos com nós mesmos e a vida nos obriga a lidar com a pessoa que a gente acaba por conhecer nesse contato.

Uma pena que minha geração fique mais focada na tela dos seus celulares e afins, e esquece de olhar pra dentro. Todo mundo quer ser visto e conhecido nas redes sociais e esquece desse contato mais íntimo e que no fim, é o único que realmente vale a pena.

Bem, após essa reflexão filosófica, o que realmente queria dizer é que aprendi, de uma forma bastante dura nos últimos tempos o verdadeiro significado do que é ser adulto, em especial nos meus relacionamentos e agora vejo com clareza o quanto tenho sido imaturo.

Claro que para isso, perdi uma pessoa que, mesmo sabendo não ser perfeita, tinha a real intenção de fazer as coisas darem certo. Ao mesmo tempo vi na prática que não adianta mesmo querer esquecer alguém com um novo alguém, ou usar as pessoas como remédio para a carência que só aumenta com o tempo.

Não que eu tenha usado alguém (embora tenha feito meu último rolo sentir assim), não intencionalmente. É que tem horas que o instinto e o tesão falam mais alto, ou melhor, são controlados por essa vontade insana de ter alguém, uma segurança, um porto seguro.

Mas a lição é clara: sou um ser humano com plenas faculdades e embora o amor seja fundamental na vida de qualquer um, chega! Não vou deixar mais a carência tomar conta, não quero e não vou permitir que isso aconteça.

Quero um relacionamento legal, que valha a pena. Claro, é necessário. Ninguém precisa ficar sozinho. Embora cada dia que passa a vida me mostre que a vida é minha, e minhas são as escolhas e consequências. E ninguém vai me ajudar a superar os obstáculos e a vencer o caminho que a mim foi determinado.

Talvez seja isso. Se tornar adulto, entre outras coisas é saber encontrar o equilíbrio tênue entre o indivíduo e o coletivo. Entre ficar e ir. Entre escolher e se deixar levar.

É decidir tomar as rédeas da própria vida. Não apenas financeiramente, mas, principalmente, emocionalmente.

É isso. Quero continuar crescendo. Amadurecendo.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Decisão importante!

Encontro-me as voltas com uma importante decisão. Sair de casa. Esse desejo antigo sempre ronda minha mente, mas o medo sempre me segura. 
A insegurança, se vou conseguir me manter, como seria viver sozinho ou mesmo dividir com um amigo, me deixa sempre um pouco travado, mas, agora essa vontade voltou mais forte que nunca.
Muitas questões estão norteando essa decisão: minha falta de privacidade atual, o fato de morar com minha avó e outros familiares, e o que é mais importante, o fato de não sentir mais que a casa que eu vivo é meu lar.
Amo minha família, mas, chega um momento que os limites precisam ser definidos. E atualmente, todos e mais alguns foram perdidos. Tenho o pacote completo de responsabilidades sem um terço de toda liberdade que corresponderia. E não é por imposição de ninguém, é que sou um dos poucos que tem desconfiômetro dentro da família. É mãe que deixa o filho quando quer, um entra e sai incrível, agregados que se acham donos, falta de respeito em relação a barulhos e horários, enfim, casa de vó, com todos os sentidos que a expressão pode tomar.
E estou num momento que preciso colocar minha cabeça no lugar e ter meu espaço em ordem, tranquilidade, porque tenho um volume de trabalho mental espantoso graças ao meu emprego e a projetos da minha carreira.
Mas, o coraçãozinho dói. Não quero magoar minha avó. Não quero que ela se sinta mal pelos motivos que eu tenho pra deixar a casa dela. Até porque eu entendo perfeitamente, que as coisas que acontecem tem que acontecer mesmo. É a casa da vovó, da matriarca. É o lugar onde todo mundo tem que se encontrar, onde buscamos apoio. 
Meu significado de lar é que ainda é um pouco diferente.
Antes minha mãe ainda filtrava um pouco da realidade, recebendo os problemas antes de mim. Mas desde que ela se casou, eu tomei seu posto e, honestamente, não tenho a mesma sabedoria pra saber mediar tudo.
E não quero brigar com ninguém, me desentender, ou criar clima.
Eu é que não me encaixo mais.
E por isso, preciso sair.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Queria dizer...

Hoje eu só queria dizer que sinto sua falta. Cada dia que passa a saudade aumenta e eu estou quase enlouquecendo por não saber como lidar com esse sentimento.

Encontrei uma foto 3X4 que você me deu e as lágrimas vieram aos meus olhos. Mas não tenho direito de te procurar novamente e confundir sua mente que aparentemente está quieta. Sei que você aprendeu a lidar com isso melhor do que eu.

Estou muito frustrado, porque tudo ficou como se eu tivesse lhe enganado novamente e isso não é verdade. Eu realmente quero algo sério, um casamento de verdade. E quanto mais eu penso, mais tenho certeza que o cara certo é você.

Sinto as vezes que te amo. Cada dia mais e é essa a verdade.
Mas como fazer dar certo? Se a liberdade e o compromisso só se equilibram quando você se fecha pra se proteger de mim ou quando eu corro atrás desesperadamente e você faz de conta que não é com você? Ou quando o jogo se inverte e eu viro mármore, enquanto você implora por uma resposta?

Enquanto isso eu me engano, faço de conta que tá tudo bem ( e está, só falta você)... E conheço outros beijos, outros perfumes...

Quando estou só é sua boca que eu imagino, seu perfume que eu sinto.
Queria estar mandado tudo isso em seu facebook. Correr atrás mesmo. Dar a louca e bater em sua porta.
Mas quero ver você feliz e não tenho o direito de te atrapalhar com minha confusão típica. Queria ter você aqui, sei que te amo mas ao mesmo tempo, não sei se mereço, se é tudo isso mesmo. Loucura né?
E escrevendo tudo isso eu vejo como eu tenho me enganado. Procurado justificar e fingir que não tem nada a ver. 

Eu só quero você.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Mudanças e novas conquistas!

Os últimos dias de 2013 não foram fáceis, por isso, pensei que esse ano seria muito complicadinho também, pelo menos cansativo era certeza que seria.

Nesse processo de mudança de ano, algumas coisas aconteceram no âmbito profissional que me deixaram num primeiro momento profundamente abalado. Tenho certa dificuldade com o desconhecido e o trabalho para o qual fui designado me parecia, de fora, como muito chato e complicado.

Qual não foi minha surpresa ao perceber que na verdade é uma função muito próxima para a qual me preparei enquanto historiador. Uma pena é que o ganho não tenha acompanhado. Pelo menos não me sinto entediado como na função anterior.

No entanto, o que mais trouxe de positivo essa mudança foi a possibilidade de relembrar de meu potencial e de me permitir recuperar o fôlego e a vontade, tão abalada com a conclusão do curso.

Graças a isso, voltei a fazer uma coisa que eu realmente amo fazer e que estou encontrando até que relativa facilidade em fazer: voltei a costurar!

Claro que não sou nenhum grande costureiro ou alfaiate, nem tenho pretensão de vir a ser um grande estilista. Mas, o trabalho manual é algo que sempre me fez bem e tem me ajudado a manter a cabeça fria em tempos de coração em balanço.

Parece que tudo isso tem feito a avaliação dos últimos acontecimentos sentimentais (e quando digo últimos, me refiro as frustrações dos últimos quatro anos) ser muito mais simples e o amor próprio, tão esquecido em outros tempos, ir voltando gradativamente.

Por enquanto é isso!

Abraços!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Quando é mesmo o fim?

Quando é mesmo o fim? Essa pergunta tem rondado a minha mente nos últimos dias... Uma das maiores dificuldades que eu já tive emocionalmente foi entender que na vida nada é eterno. Esse conhecido clichê que ouvimos quando algo não dá certo e que as pessoas aconselham a seguir em frente.

Mas, o amor deveria ser. E eu acredito que uma vez que sentimos ele pode até se transformar, mas nunca desaparecer por completo.

Talvez seja essa certeza que me impede de reconhecer o término das coisas, dos sentimentos, do tempo passado junto. E, não sei lidar com isso. 

Fui programado para aquilo que é pra sempre e vivi por muito tempo correndo dessa realidade. Não vou ser hipócrita e dizer que não me diverti muito já, mesmo não sendo assim tão velho/experiente do alto dos meus vinte e cinco anos. Mas, cheguei aquele momento no qual estou reavaliando algumas coisas e estou me reencontrando, se é que posso dizer assim.

Mas a pergunta continua... Uma possível resposta é que o fim abre espaço para novos começos. E não depende de mim exatamente que ficará pelo caminho. Sei que eu não quero ficar parado mais.

Abraços!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Hoje!

Ano passado, nessa data eu postei lamentando passar mais um aniversário do meu avô sem ele. Já é o quarto ano de sua ausência material em nossas vidas, mas, cada dia que passa o sinto mais presente cuidando de toda a família.

Seria mentira dizer que a ausência física não é sentida, e muito menos que hoje pela manhã quando me lembrei que era o dia dele, não enchi meus olhos de lágrimas de saudade.

Porém, esse ano quero que seja diferente. Não vou passar aquele que seria o 67º aniversário dele chorando ou me lamentando e para isso resolvi escrever esse post.

Meu avô foi até o momento o maior exemplo de amadurecimento que eu já tive em minha vida. Em seus últimos anos ele aprendeu belamente a domar seu gênio difícil (que é por acaso, seu maior legado à família!), conseguiu superar alguns traumas e recuperou/recebeu de uma forma incrível o amor de sua família, criando laços de amor que nem a morte ou os anos podem apagar.

Digo isso porque ninguém é perfeito e claro, ele tinha os seus defeitos. Mas, sabe quando a pessoa começa a se compreender a ponto de mesmo errando, conseguir perceber a tempo e se redimir de qualquer falta que tenha cometido? Ele foi assim...

Era um homem forte. Extremamente apaixonado pela vida e com um espírito empreendedor que vi poucos em minha curta experiência de vida. Tinha o olhar de sabedoria que só o passar dos anos pode construir. E o mais importante, ele AMAVA sua família, e não tinha vergonha de dizer isso (embora tenha aprendido no processo de convivência a ler a forma como ele expressava isso).

Enfim, o que quero que fique hoje dessa data que continuará especial pelo resto dos meus dias é justamente o fato de que enquanto estamos vivos podemos crescer e que não há nada mais importante do que o amor, a convivência, o respeito e a capacidade de olhar para si e perceber os caminhos para melhorar.

É uma data que deverá ser pra sempre um dia de celebração. De celebrar o amadurecimento, o respeito e sobretudo o amor!

Onde quer que o senhor esteja sinta meu abraço! E que não se entristeça pela distância entre o espiritual e o material, por que no tempo certo, eu acredito, nossa família estará toda reunida novamente se preparando para uma nova jornada!

E obrigado pelo exemplo de homem e de ser humano que o senhor sempre será para todos nós!

Abraços!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Decisões...

Nem sempre escolher um caminho a seguir é tranquilo. Comigo pelo menos é um tanto doloroso. Uma dor que me acompanha desde o começo da vida adulta, quando comecei a perceber que cada escolha representa o abandono de algo.

Deixar alguém que se ama no caminho é uma das decisões mais difíceis. É muito difícil pensar que alguém que você poderia dividir a vida não te pertence mais, que nem sempre as estradas se tocam por toda a vida e que pode chegar o dia em que os sentimentos vão mudar.

É ano novo. 2014 enfim chegou. Estou ainda profundamente cansado de 2013 que foi o ano mais longo de toda a minha vida. E, se tem algo que eu realmente estou cansado de 2013 é todo o mimimi, todo o peso e dificuldade com que lidei com algumas coisas.

Chega!

Agora só vai ficar aquilo que realmente vale a pena, alguns aspectos vão demorar um pouco mais que um ano, como o novo emprego, a nova casa e quem sabe um novo amor.

Mas, é chegada a hora da luta!